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Tarcísio apoia prisão perpétua e elogia combate rigoroso de Bukele
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu o aumento da rigidez das leis para enfrentar a criminalidade e declarou que não vê problema algum em discutir a implementação da prisão perpétua no Brasil. Em evento promovido pela XP Asset Management nesta quinta-feira, o governador compartilhou sua visão sobre a economia, as relações com o Congresso e a segurança pública, entre outros temas, em meio à indefinição sobre quem será o candidato da direita contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do próximo ano.
— É importante mudar a legislação. Eu apoio mudanças, até mesmo radicais, para enfrentarmos o crime com a firmeza que ele merece. Não vejo problema algum em debater a prisão perpétua no Brasil — afirmou Tarcísio.
Atualmente, a Constituição brasileira não permite penas perpétuas. O tempo máximo de reclusão é de 40 anos.
Durante o evento, o governador mencionou o exemplo de El Salvador, onde o presidente Nayib Bukele declarou uma luta dura contra as organizações criminosas. A forte política de segurança reduziu drasticamente os índices de crimes no país, desmantelando as gangues Mara Salvatrucha (MS-13) e Barrio 18. Essa estratégia ocorreu em meio a um regime de exceção que prendeu cerca de 83 mil pessoas sem ordens judiciais, o que tem sido muito criticado por órgãos internacionais de direitos humanos.
— Devemos refletir sobre os resultados do que Bukele fez em El Salvador. É revelador observar a transformação que ocorreu — ressaltou Tarcísio.
Tarcísio ainda comentou que o nome da direita para as eleições de 2026 deve ser conhecido no início do próximo ano.
— Acredito que saberemos quem será o escolhido no começo do ano que vem. Não há motivo para pressa ou ansiedade. O mercado costuma antecipar as coisas rapidamente, mas as situações mudam — explicou o governador.
Tarcísio, atualmente o principal nome da direita, acredita que Jair Bolsonaro, que está preso por decisão do STF, é uma liderança importante do campo conservador com papel crucial na formação da candidatura.
— Há vários fatores a se organizar, incluindo o isolamento e os desafios que a grande liderança da direita, o presidente Bolsonaro, enfrenta. Precisamos apoiá-lo porque ele terá influência nesse processo. Tenho confiança de que temos pessoas capacitadas e boas propostas, formando um projeto sólido — destacou o governador.
Ele avisou que, mesmo que o PT vença as próximas eleições, será necessário realizar reformas profundas para evitar a crise econômica no país.
— O PT pode não ter disposição para fazer as reformas necessárias, pois isso poderia afetar sua base eleitoral — afirmou Tarcísio.
Para ele, a agenda econômica para evitar o colapso seria parecida com as medidas promovidas pelo ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, baseadas em princípios de desregulação, digitalização, desvinculação, desindexação e desinvestimento.
— O método dos “D’s” resolve os principais desafios — explicou o governador.
No que se refere ao Congresso Nacional, Tarcísio avaliou que a sua composição atual tem um viés liberal e está aberta a reformas, o que deve permitir o desenvolvimento de um projeto positivo para o Brasil.
Quanto à relação do presidente Lula com o Legislativo, ele apontou que essa parceria não tem sido clara, criando desorganização:
“Poucos presidentes conseguiram envolver o Congresso de forma eficaz em seus projetos. O relacionamento atual do presidente Lula com o Legislativo tem sido confuso e desordenado”.


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