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tarcísio criticado mais pela direita que pela esquerda após encontro na embaixada dos eua
Um levantamento recente realizado pela AP Exata revela que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, sofreu mais críticas da direita do que da esquerda após um encontro com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, em Brasília. O estudo observou cerca de 86 mil publicações nas redes sociais X e Instagram entre os dias 11 e 13 de julho, focando em termos relacionados à reunião como “embaixada”, “Escobar”, “diplomata”, “Trump”, “taxa” e “taxar”.
A análise mostrou que a repercussão foi predominantemente negativa para Tarcísio, com 46,2% das menções apresentando conteúdo crítico. Embora tenha recebido ataques de ambos os lados do espectro político, o governador também contou com um significativo apoio, sendo 37,9% das menções favoráveis e 15,9% neutras, indicando uma imagem ainda robusta.
No grupo bolsonarista, as críticas foram impulsionadas principalmente por apoiadores alinhados às narrativas do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e seguidores do movimento MAGA (Make America Great Again), que usaram hashtags como #TarcisioTraidor e expressaram frases como “Tarcísio traiu o agro“. A principal objeção desse grupo é que o governador estaria se afastando das pautas bolsonaristas tradicionais, adotando uma postura mais independente, interpretada como uma traição ao núcleo ideológico mais rígido.
Além disso, esse grupo já tentava rotular Tarcísio como “traidor” antes mesmo da reunião com o diplomata americano. A ideia de traição é um argumento central para esses ataques, que parecem ter como objetivo alterar a opinião pública através da chamada “ação de fogo amigo”.
As críticas da direita se concentram na percepção de traição ou na rápida postura tomada pelo governador, mas mesmo em postagens críticas, sua competência técnica e reconhecimento pelo trabalho realizado em São Paulo são destacados e, por vezes, elogiados.
Quando o foco está na ideia de negociação, Tarcísio recebe apoio maior, crescendo entre moderados e centristas.
Por outro lado, perfis de esquerda e centro-esquerda criticam a associação do governador ao trumpismo e à agenda conservadora dos EUA, chamando-o de “vassalo” — termo utilizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad — e destacando os possíveis efeitos negativos da tarifa para a economia paulista, que é a mais afetada com essa medida.
Essas críticas se concentram na proximidade do governador com os EUA e o suposto alinhamento automático com a diplomacia americana, considerados prejudiciais à soberania e aos interesses nacionais.
Entre os apoiadores de Tarcísio estão vozes moderadas e de centro-direita, especialmente do setor econômico, que valorizam seu pragmatismo e habilidade de negociação. As menções neutras, correspondendo a 15,9% do total, são principalmente de perfis da imprensa, que repercutem os fatos sem emitir juízo de valor.
A análise conclui que os ataques contra Tarcísio de Freitas são feitos por perfis militantes que buscam diminuir seu peso político, e que esses perfis não pertencem apenas à esquerda, mas também à direita.
O levantamento ainda avaliou a opinião sobre a proposta de conceder anistia para evitar o aumento das tarifas, revelando que maioria, 64,4%, é contra a medida, enquanto 19,8% apoia e 15,8% permanece neutra.

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