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Tarcísio fala sobre humilhação e fé no impossível em culto

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Durante um culto realizado na Igreja Lagoinha de Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), proferiu um discurso na noite desta segunda-feira (18/8) onde afirmou que “atualmente há pessoas sendo humilhadas” e ressaltou que “não se deve brincar com as coisas divinas”.

Embora não tenha mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste trecho, Tarcísio declarou que “a humilhação do presente será a justiça do futuro”. Esta afirmação remete à reação de Bolsonaro diante da imposição de tornozeleira eletrônica pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, quando o ex-presidente classificou o episódio como uma “suprema humilhação”.

“Hoje existem pessoas sendo humilhadas. A humilhação de hoje será a justiça de amanhã. Isso é certo para mim. Não se deve brincar com as coisas de Deus”, destacou Tarcísio durante o culto, que teve início com cânticos evangélicos e um sermão ministrado pelo pastor André Fernandes, em um espaço com capacidade para 4.500 pessoas.

No momento, Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar por ordem do ministro Moraes, enfrenta processo no STF por tentativa de golpe de Estado e está inelegível até 2030.

Recentemente, Tarcísio foi alvo de críticas indiretas pelo vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, que condenou a atuação política de governadores de centro-direita, chegando a compará-los a “ratos” e chamá-los de “cúmplices covardes”.

Tomando como tema central “Deus e as causas impossíveis”, o governador relatou os desafios superados ao longo de sua vida até ser convidado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista em 2022. Ele destacou conquistas de sua gestão e elogiou deputados estaduais e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).

“Para que o impossível aconteça, precisamos realizar o possível”, resumiu Tarcísio, em um discurso que parecia uma pregação. Ele também fez menção à origem simples de seus pais, exibiu imagens de missões militares e ressaltou a importância da família através da trajetória com sua esposa, a primeira-dama Cristiane Freitas.

Em um momento marcante, mostrou fotografias dele com a esposa limpando uma cisterna, enfatizando que aceitou o convite para ser candidato graças ao apoio dela, traçando um paralelo entre vida pública e pessoal. Tarcísio contou: “Quando o presidente Bolsonaro me convidou para governar São Paulo, tentei convencê-lo do contrário, mas não houve jeito. Eu disse à Cris: ‘O presidente me chamou no Alvorada. Acho que não terei outra escolha. Vamos enfrentar isso juntos’”.

Relatando as ações governamentais, o governador citou como a fé o auxiliou a superar dificuldades, especialmente após a tragédia em São Sebastião no início de sua gestão em 2023. Ele mencionou obras de infraestrutura, como expansão das ferrovias e do Rodoanel, e detalhou intervenções na Cracolândia, no centro da capital, destacando a desarticulação do tráfico na Favela do Moinho e o trabalho do secretário Guilherme Derrite.

Falou ainda sobre o aumento do efetivo policial, implementação de inteligência artificial para identificar foragidos e anunciou medidas para ampliar câmeras de segurança na região metropolitana, além de uma linha de crédito para guardas civis. Defendeu uma postura rigorosa na segurança, mencionando até mesmo mudanças na legislação para extinguir a audiência de custódia.

Tarcísio criticou pedidos da imprensa para a demissão do secretário da Educação, Renato Feder, assim como a pressão sobre o secretário de Segurança, que qualificou como o “melhor do Brasil”. Ele afirmou: “Quando vou ceder à pressão da mídia para demitir um secretário? Nunca. Se fizer isso, perderei minha liderança”.

O evento contou com a presença dos secretários da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), e de Governo, Gilberto Kassab (PSD), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Maxwell Borges de Moura Vieira, indicado ao cargo pelo ministro do STF evangélico, André Mendonça, além de deputados federais e estaduais.

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