Tarcísio já se posiciona como candidato à presidência

Apesar de negar repetidamente a candidatura para presidente da República nas próximas eleições, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos, já considera essa hipótese com a aproximação das eleições presidenciais. De acordo com o jornal O Globo, o governador paulista já está avaliando possíveis cenários da campanha e as alianças necessárias.

Essas articulações acontecem em conversas reservadas com políticos e empresários. Publicamente, porém, ele não confirma a candidatura antes de 2026. Até o fim deste ano, manterá que concorrerá à reeleição. O Centrão, que apoia majoritariamente Tarcísio e busca indicar um representante para vice em sua chapa, prevê que Jair Bolsonaro deve revelar seu candidato em dezembro.

Idealmente, os aliados imaginam o vice como Ciro Nogueira. Porém, se o ex-presidente optar por indicar Michelle ou algum dos seus filhos, sua escolha será aceita. Caso Bolsonaro só decida no próximo ano, a expectativa é resolver isso no final do ano, e se ele não indicar candidato até lá, a opção deverá ser seu filho Flávio Bolsonaro, segundo um parlamentar bolsonarista.

Na semana passada, o clima na Assembleia Legislativa de São Paulo se intensificou não por temas estaduais, mas pela disputa entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Tarcísio de Freitas. Para o deputado Paulo Reis (PT), Tarcísio já projeta a candidatura presidencial e deseja que Bolsonaro não participe para garantir seu lugar.

Do lado do Republicanos, Danilo Campetti questionou o esforço da oposição contra os projetos de Tarcísio. Ele criticou a esquerda por votar contra um projeto social chamado SuperAção e acusou-os de apoiar aumento de impostos, mesmo com recorde de arrecadação federal.

Emídio de Souza (PT), aliado de Lula, criticou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela divulgação nos EUA da ideia de que o Brasil estaria em regime de exceção, afirmando que o país está longe de uma ditadura, um resultado das ações para derrotar o episódio do 8 de Janeiro.

O debate nacional no Legislativo paulista tem ocorrido com mais frequência e um motivo claro: o petismo já vê em Tarcísio o principal adversário a ser enfrentado por Lula em 2026.