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Tarcísio mostra apoio a Bolsonaro em três atitudes

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Uma semana após ser chamado de “presidenciável inequívoco”, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma série de demonstrações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): em menos de quatro horas, defendeu o indulto para o ex-presidente caso ele seja condenado por tentativa de golpe de Estado, criticou petistas e o Supremo Tribunal Federal (STF), e viajou a Brasília para almoçar com Bolsonaro.

Tarcísio enfrenta desconfiança de bolsonaristas. Seu discurso centrado em pautas nacionais durante ato com Bolsonaro na Avenida Paulista em 29 de junho gerou receios entre aliados do ex-presidente. As dúvidas sobre sua fidelidade ressurgiram após sua participação no Fórum de Lisboa, apelidado de “Gilmarpalooza”, em referência ao ministro do STF, Gilmar Mendes.

Em Portugal, Tarcísio foi chamado de “presidenciável inequívoco” antes de um painel, e seu discurso em tom de campanha ao Planalto atraiu críticas de bolsonaristas. O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo, aliado de Bolsonaro, acusou pessoas que precisaram do apoio do ex-presidente para se eleger de estarem “virando as costas” ao capitão.

Fontes relatam ao Metrópoles que as articulações para a candidatura presidencial de Tarcísio aumentaram após sua viagem à Europa. No entanto, o governador afirma que pretende disputar a reeleição em São Paulo.

Defesa do Indulto

Na manhã de quinta-feira (10/7), Tarcísio declarou acreditar que Bolsonaro provará sua inocência no julgamento do STF por tentativa de golpe. Contudo, afirmou que, se necessário, candidatos da oposição ao Planalto deverão defender o indulto.

“Se for necessário, qualquer candidato do centro-direita vai conceder o indulto, que será negociado como forma de pacificação”, afirmou o governador à imprensa.

Aliados de Bolsonaro dizem que o apoio do ex-presidente em 2026 dependerá da disposição do candidato em conceder indulto e garantir sua efetivação.

Críticas ao STF e Reação a Petistas

Tarcísio criticou o STF após o anúncio de uma tarifa de 50% aplicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Na carta enviada a Lula, Trump mencionou que Bolsonaro sofre uma “caça às bruxas” e que o Judiciário tenta interferir nas eleições brasileiras.

Questionado sobre o papel do STF, Tarcísio respondeu que há “posturas que não condizem com a tradição democrática” do país e espera um consenso para resolver a questão das tarifas.

O governador rebateu críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que disse que Tarcísio deveria optar entre candidatar-se à Presidência ou ser “vassalo” de Trump. Tarcísio acusou o ministro de focar no problema fiscal do país e recomendou que ele “fale menos e trabalhe mais.”

Também houve troca de farpas com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que o acusou de seguir a ideologia de Bolsonaro acima dos interesses nacionais. Tarcísio retrucou, dizendo que esses opositores vivem de narrativas e que, quem governa, deve resolver os problemas reais.

Encontro com Bolsonaro

Tarcísio viajou da Brasilândia a Brasília para um almoço com Bolsonaro, registrado em vídeo nas redes sociais dos dois. O vice-prefeito Mello Araújo comentou ser um encontro “muito importante.”

Assessores próximos do governador foram avisados apenas no dia da reunião, pegando aliados de surpresa.

Impacto do Tarifaço dos EUA

O encontro ocorreu um dia após o anúncio das tarifas por Trump. Segundo Tarcísio, o governo federal é o responsável pela situação: “Lula colocou ideologia acima da economia, resultando nas tarifas americanas.”

A declaração de Tarcísio provocou reações da ministra Gleisi Hoffmann e do ministro Fernando Haddad, que foram prontamente contestadas pelo governador paulista.

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