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Tarcísio quer governo federal suspenso Enel e ação judicial

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a cobrar ações do governo federal para intervir na Enel, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica, nesta segunda-feira, 15.

Tarcísio informou que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana anterior e que deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na terça-feira, 16. O governador anunciou ainda a intenção de recorrer à Justiça contra a concessionária após sucessivos blecautes na região metropolitana de São Paulo.

O apagão mais recente, ocorrido na quarta-feira, 10, deixou cerca de 2,2 milhões de clientes sem energia. Na manhã da segunda-feira, 15, ainda havia 29,1 mil residências afetadas. A Enel afirma ter investido em podas preventivas, modernização da rede e em respostas rápidas a emergências, mas foi muito criticada pela lenta recuperação do serviço, que também causou problemas no abastecimento de água na capital e cidades vizinhas.

O governador enfatizou que o governo federal precisa tomar providências, ressaltando que não aceita que a renovação do contrato com a empresa em 2028 seja imposta sem debate. Na semana anterior, o ministro Silveira havia afirmado que Tarcísio e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), estavam aproveitando o evento climático extremo para disputa política.

Tarcísio declarou que durante um evento na sexta-feira teve a oportunidade de falar diretamente com o presidente da República, destacando que a regulamentação possui os instrumentos para resolver a situação.

Ele também mencionou que foi convocada uma reunião entre o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o ministro de Minas e Energia e o presidente para tratar do tema, na manhã da segunda-feira, esperando que uma solução seja definida.

Além das medidas administrativas e de fiscalização já adotadas, como ações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), reuniões com ministros e prefeitos e aplicação de multas pelo Procon, Tarcísio afirmou que pretende acionar a Justiça novamente contra a concessionária.

O governador destacou que a Constituição determina que a União é responsável pelo serviço de distribuição de energia. Ele criticou tanto o governo federal quanto a Aneel, além de apontar falhas na atuação da Enel.

Segundo Tarcísio, diante da proximidade do término do contrato em 2028, a empresa tem negligenciado investimentos essenciais, reduzido equipes e abandonado a manutenção necessária, como a poda de árvores e a automação da rede.

Ele comparou a situação com o Paraná, onde a Companhia Paranaense de Energia (Copel), igualmente privatizada, enfrentou eventos climáticos extremos e desconexões que chegaram a dois milhões de clientes, mas respondeu de forma mais eficiente.

Tarcísio mencionou ainda o caso de Goiás, onde a Enel enfrentou pressão após constantes falhas até ser vendida em 2022. Ele questionou por que as medidas adotadas em outros estados não foram aplicadas em São Paulo para evitar os problemas atuais.

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