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Tarcísio reafirma apoio a Bolsonaro e critica divulgação de áudios pela PF
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou na quinta-feira (21) que a sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece inalterada após a revelação de gravações incluídas no inquérito que levou ao indiciamento de Bolsonaro e do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Durante uma atividade no interior paulista, Tarcísio minimizou o significado das gravações, chamando-as de uma “questão particular”.
“É uma conversa privada entre pai e filho, algo que apenas interessa a eles, e não entendo o motivo da divulgação dessas gravações, pois não vejo relevância para o público,” afirmou. “Minha relação com Bolsonaro seguirá como sempre foi: baseada em lealdade, amizade e gratidão. Ele fez muito pelo Brasil e por mim pessoalmente, sempre me apoiou e serei sempre seu amigo, trabalhando para ajudá-lo na medida do possível.”
No áudio, enviado em 13 de julho, consta no relatório da Polícia Federal que indiciou Bolsonaro e seu filho por tentativa de coação e violação do Estado Democrático de Direito. Segundo a polícia, ambos tentaram pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe.
Em uma gravação, o pastor Silas Malafaia chama o filho de Bolsonaro de “babaca” e diz: “na próxima vez, eu gravo um vídeo e acabo com você”. Em outra, o pastor afirma que Bolsonaro pediu a Tarcísio de Freitas para contatar a embaixada dos Estados Unidos.
Tarcísio expressou preocupação com os rumos das investigações e o fato de pessoas serem investigadas e alvo de processos apenas por criticar. “Às vezes, não faz sentido. Onde queremos chegar com isso? Qual o futuro do Brasil? Não vejo um caminho positivo.”
De acordo com a PF, as mensagens mostram uma ação consciente junto a autoridades dos EUA para pressionar autoridades brasileiras, em especial ministros do STF envolvidos nos processos contra a tentativa de golpe e violação do Estado Democrático.
Eduardo Bolsonaro está residindo nos Estados Unidos e tem articulado com o governo americano para denunciar o que considera perseguição política contra seu pai e buscar apoio internacional.
O ex-presidente americano Donald Trump aplicou tarifas elevadas contra produtos do Brasil, citando entre as razões o processo no STF contra Bolsonaro. Além disso, impôs sanções contra ministros da Corte, incluindo Moraes, usando a lei Magnitsky, ferramenta destinada a punir estrangeiros como terroristas.

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