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Economia

Tarifa de 500% para aliados da Rússia: entenda projeto de lei em discussão no Congresso americano

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Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, demonstra impaciência com o presidente russo, Vladimir Putin, devido à continuidade da guerra na Ucrânia — e prometeu um anúncio importante sobre o conflito nesta segunda-feira — o Senado americano tenta avançar com uma proposta de lei para aplicar novas sanções contra Moscou.

O projeto, que seus criadores afirmam contar com o apoio da maioria dos parlamentares, propõe tarifas de 500% para países que mantêm negócios com a Rússia — medida que afetaria diretamente nações como o Brasil.

— [A lei permitiria a Trump] atacar a economia de Putin e de todos os países que apoiam a máquina de guerra russa — declarou o senador republicano Lindsey Graham à CBS no fim de semana, acrescentando que países como China, Índia e Brasil podem ser impactados. — Este é realmente um instrumento forte para o presidente acabar com o conflito.

Trump não confirmou na semana passada se seu anúncio incluiria sanções adicionais — desde seu retorno à Casa Branca, ele não aplicou novas penalidades a Moscou, o que diminuiu o impacto financeiro. Contudo, o presidente espera que o Senado aprove a proposta patrocinada por Graham.

Em entrevista à CBS, o senador afirmou que a tarifa de 500% seria parte de uma estratégia dupla, junto com o envio recorde de armas à Ucrânia.

A lei daria autoridade a Trump para impor tarifas de 500% sobre produtos de parceiros comerciais dos EUA que adquiram petróleo, gás ou demais produtos russos sob sanções. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que esta legislação é exatamente o tipo de suporte que pode aproximar a paz e fortalecer a diplomacia.

Na semana passada, o líder da maioria no Senado, John Thune, anunciou que espera votação para aprovar as novas sanções ainda neste mês, destacando que pelo menos 85 senadores apoiam o projeto, que estava paralisado há meses.

— Os republicanos do Senado estão comprometidos em trabalhar com a Câmara e a Casa Branca para aprovar esta lei no Congresso e enviá-la ao presidente — afirmou Thune.

Alguns membros do governo são céticos quanto à eficácia da medida. O Secretário de Estado Marco Rubio disse em maio que Trump acreditava que Moscou abandonaria as negociações se os EUA ameaçassem com mais sanções.

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