Economia
Tarifas americanas afetam PIB, mas plano do governo reduz impacto

O Ministério da Fazenda projeta que as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros podem diminuir em 0,2 ponto percentual o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, entre agosto de 2025 e dezembro de 2026. Em resposta, o governo implementou o “Plano Brasil Soberano”, que pode cortar esse impacto pela metade, para 0,1 ponto percentual.
Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda destaca no Boletim Macrofiscal que outras medidas, como o adiamento de tributos, compras públicas e exigência de manutenção de empregos, podem reduzir ainda mais esses efeitos negativos. O plano é fundamental para minimizar as consequências das tarifas na economia nacional.
Ainda segundo a SPE, as estimativas não consideram possíveis choques de confiança, variações financeiras ou dificuldades no acesso ao crédito. A previsão contempla tarifas de 50% sobre 40% das exportações brasileiras para os EUA, comparadas com tarifas de 10% mais aquelas relativas à Seção 232.
O impacto das tarifas pode resultar na perda de cerca de 138 mil empregos até o final de 2026, número que cai para 65 mil com a implementação do Plano Brasil Soberano. A indústria seria a mais afetada, com fechamento estimado de 71,5 mil vagas (-0,4%). Serviços perderiam 51,8 mil empregos (-0,1%) e a agropecuária 14,7 mil (-0,1%).
Sem a mitigação proporcionada pelo plano, as tarifas também poderiam reduzir as exportações líquidas em 0,1 ponto percentual do PIB. O desemprego subiria 0,1 ponto percentual no período e a inflação medida pelo IPCA aumentaria 0,1 ponto, devido à maior oferta interna de produtos que mitigaria parcialmente o déficit na balança comercial.

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