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Taxistas fazem carreata em Brasília contra transporte pirata e Uber
Veículos partiram do aeroporto JK e seguiram até o Estádio Nacional.
PM estima que 300 veículos tenham participado do protesto.
Taxistas do Distrito Federal fizeram na manhã desta segunda-feira (29) uma carreata entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e Estádio Nacional Mané Garrincha em protesto contra o transporte pirata e o aplicativo Uber. A Secretaria de Mobilidade informou que não ter previsão de receber a categoria. Os responsáveis pelo app disseram que o serviço é legalizado no país.
“A Uber defende que os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se movimentar pela cidade, e com mais opções de transporte, maior o número de pessoas que optam por deixar seus carros em casa. A Uber também cria oportunidades de geração de renda para seus parceiros no mundo todo. Nossa principal missão é transformar o carro de um problema em uma solução, garantindo o direito de escolha por mais opções de mobilidade”, disse em nota.
O trânsito na região ficou bastante complicado por volta das 9h, mesmo não havendo veto ao acesso ao aeroporto. De acordo com a PM, havia 300 veículos participando da manifestação. Eles ocuparam uma faixa do Eixão.
Para a presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis do DF, Maria Santana, os motoristas do Uber praticam transporte pirata e devem ser extinguidos por não se submeterem ao governo. “Não cumprem lei, não têm subordinados, não são cadastrados. Eles estão roubando nossos passageiros e não pagam nada, como taxas. É uma concorrência desleal.”
O taxista Ubiratan Ribeiro está na profissão há seis anos. “Senti uma diferença nas corridas com o Uber e o transporte pirata, principalmente no aeroporto e em hotéis. A fiscalização fica muito em cima do taxista e esquece dos outros.”
Alberto Rodrigues conta que trabalha como taxista há 33 anos. Ele disse que a situação nunca esteve tão complicada como atualmente.
“Em relação ao ano passado, tive uma redução de 40% [no lucro] por causa do Uber e da inflação. O Uber veio completar o arrocho que estava começando. Além da situação que vivemos com a pirataria, não temos mais condições de bancar a gasolina, a manutenção, os impostos. Está tudo caro”, afirma.
A frota da capital federal conta com 3,4 mil veículos e 5 mil taxistas, segundo o sindicato da categoria. Em funcionamento desde novembro de 2014 em Brasília, o Uber é um programa que pode ser baixado de graça em smartphones e funciona como uma ponte entre usuários e motoristas que prestam corridas, como os táxis.
Na cidade, a única modalidade disponível é a “UberBlack”, que presta o serviço em carros pretos de luxo com atendimento especial. Segundo o app, todos os veículos têm menos de três anos de uso, banco de couro e ar-condicionado sempre ligado. Os motoristas são treinados para abrir a porta para o passageiro, disponibilizar água e perguntar qual a rádio de preferência.
Não são feitos pagamentos em dinheiro ou com cartão de crédito dentro do veiculo. O valor da corrida é descontado do cartão indicado pelo cliente no momento do cadastro no aplicativo.
A tarifa base na capital é de R$ 4, R$ 0,25 por minuto mais R$ 1,75 por quilômetro. O valor é cerca de 5% mais caro do que os táxis comuns.
O Uber não é regulamentado pela Secretaria de Mobilidade Urbana e é considerado transporte ilegal pelo governo. Quem for pego oferecendo viagens por meio do serviço pode ser multado em R$ 2 mil. Em caso de reincidência, a multa pode chegar a R$ 5 mil.
g1
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