Teixeira apoia acordo para União comandar Câmara até 2028

O presidente reeleito da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União Brasil), destacou a importância de manter o acordo para que o partido União Brasil continue no comando da Casa até 2028, ressaltando que essa decisão depende do prefeito.

De acordo com Teixeira, o entendimento foi firmado em 2024 entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e os presidentes nacionais dos partidos aliados durante as negociações para as eleições municipais. Ele afirmou que esse compromisso deve ser respeitado, se confirmado pelo prefeito.

A avaliação é compartilhada pelo presidente do União em São Paulo, o ex-presidente da Câmara Milton Leite. Contudo, alguns vereadores aliados do prefeito manifestam resistência ao acordo e planejam disputar a presidência da Casa na próxima eleição, como o vice-presidente da Câmara, João Jorge (MDB), que defende a alternância de comando entre partidos.

Reeleição de Teixeira e apoio do prefeito

Na votação do dia 15 de dezembro, Ricardo Teixeira foi reeleito presidente da Câmara Municipal com 49 votos favoráveis e cinco abstenções do PSol, tendo o respaldo de 11 partidos, entre eles o PT. A recondução representou uma vitória para o prefeito Ricardo Nunes frente ao grupo liderado por Milton Leite.

O União Brasil inicialmente indicou candidatos da sua bancada para o comando, mas a falta de consenso levou à decisão de apoiar a reeleição de Teixeira, consolidando o acordo entre as legendas e a base do prefeito. Teixeira valorizou o diálogo dentro do partido e minimizou possíveis desentendimentos.

Disputa pela Corregedoria

A divergência entre o União Brasil e a base do prefeito também se evidenciou na eleição para corregedor-geral da Câmara, cargo conquistado pelo vereador Sargento Nantes (PP) com 40 votos, em acordo entre o PP e a base aliada ao prefeito. O União indicou Silvão Leite, que obteve 13 votos, sendo apoiado por membros do PSol, PSB e PL.

Mesmo com disputas, Teixeira ressaltou a amizade e parceria política entre Ricardo Nunes e Milton Leite, afirmando que os cargos são temporários e que pretende continuar apoiando o governo municipal.