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Temer fala sobre defesa de Eduardo Bolsonaro nos EUA

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Michel Temer, ex-presidente, declarou na quinta-feira à noite que acredita que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está decidido a proteger seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), até o fim.

Temer comentou que a atitude pode ser vista como exagerada politicamente, mas é algo que ocorre em âmbito familiar. Para ele, as razões políticas para as sanções dos Estados Unidos contra o Brasil são na verdade desculpas para retaliar as recentes ações do governo brasileiro nos Brics.

“Essa é uma questão familiar. Eu acredito que ele deseja defender ao máximo seu pai. Pode parecer exagerado politicamente, mas é típico no ambiente familiar”, explicou Temer em entrevista ao Canal UOL. Ele acrescentou que a motivação de Eduardo tem raízes emocionais e familiares.

O ex-presidente também comentou que não sabe se o Congresso pretende cassar o mandato de Eduardo Bolsonaro devido às suas ações nos Estados Unidos. Destacou que a Câmara está muito dividida, assim como o país, o que prejudica o Brasil.

Sobre as tarifas impostas pelo governo Trump, Temer afirmou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e reconheceu seu papel no multilateralismo, mas ressaltou a importância de manter boas relações com os EUA.

Segundo ele, as declarações do presidente Lula (PT) sobre a desdolarização entre os países dos Brics foram um dos principais motivos para as tarifas impostas.

Em relação à aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Temer disse que a medida foi incorreta. Ele ressaltou que essa sanção é direcionada a criminosos perigosos e violadores de direitos humanos, o que não é o caso do ministro.

“Foi um exagero severo e injustificável. O ministro Alexandre de Moraes é um grande especialista em Constituição”, declarou, lembrando que o escolheu como ministro da Justiça em seu governo.

Sobre a anistia discutida pela oposição para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Temer comentou que a punição era inevitável, mas que o importante a ser discutido é a extensão da pena. Ele sugeriu que o Supremo faça uma avaliação das sentenças, podendo até liberar quem já cumpriu parte da pena, conforme o sistema jurídico nacional.

Temer também revelou que, ao sugerir uma revisão dos casos no STF, recebeu o apoio de um ministro da Corte, que classificou a ideia como válida. Para ele, a união entre os poderes poderia trazer estabilidade.

“Evitar conflitos é fundamental. Um eventual projeto de anistia geraria disputas entre o Congresso e o Supremo, com possíveis alegações de inconstitucionalidade”, explicou.

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