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Centro-Oeste

Templo da Boa Vontade comemora 35 anos de paz e renovação

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Até o fim de outubro, a programação do Templo da Boa Vontade está recheada de atividades de aniversário

Inaugurado em 21 de outubro de 1989, o Templo da Boa Vontade completa nesta segunda-feira (21/10) 35 anos. Desde o começo do mês, as programações estão sendo personalizadas em razão do aniversário, incluindo reuniões ecumênicas, exposições e espetáculos de músicas, orações no salão principal e visitas guiadas.

O espaço é reduto de paz, meditação e ficou conhecido por acolher pessoas de todas as regiões do país e do mundo. O fundador do TBV, José de Paiva Netto, acredita que a legião é “o teto da humanidade, o agasalho para o sentimento das pessoas, independentemente de credo religioso ou não”.

Em dados recentes, o Observatório do Turismo do Distrito Federal, vinculado à Secretaria de Turismo (Setur), anunciou que os pontos turísticos da capital registraram 982.256 visitas. O levantamento também destacou que o Templo da Boa Vontade foi o mais visitado, atraindo mais de 500 mil pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo.

A Rota da Paz, promovida pela Setur, conecta templos religiosos e locais de espiritualidade, oferecendo uma experiência de turismo voltada para a reflexão e a paz interior, atraindo visitantes interessados em momentos de descanso e contemplação. Além disso, há a Rota Athos, que envolve países como Egito, Jordânia e Israel, conhecida por seu foco em locais sagrados e experiências espirituais, unindo culturas e tradições religiosas em um itinerário significativo.

Simbologia do sete

O número sete se apresenta de forma significativa no Templo da Boa Vontade, refletindo sua simbologia de perfeição e completude. Essa repetição reforça a ideia de espiritualidade e harmonia, alinhando-se aos princípios ecumênicos do templo. A estrutura possui sete faces, com 21 metros de altura e 28 metros de diâmetro, além de uma espiral central com sete faixas claras e escuras. O altar tem uma escada com sete degraus, e há sete bancos em cada lado do espaço.

Ao fundar o Templo da Boa Vontade, José Paiva Netto enfatizou que não imporia rituais específicos, desejando que as pessoas se sentissem à vontade para meditar e expressar sua fé de maneira pessoal. Contudo, um dia, uma visitante começou a realizar o ritual de caminhar pelas espirais em busca de paz, o que inspirou outros a adotarem essa prática.

Essa caminhada, descalça e simbólica, reflete a busca por equilíbrio espiritual e conexão com o ambiente sagrado do templo. “Os visitantes percorrem um caminho de cor escura em sentido anti-horário, representando a busca por equilíbrio e apresentando suas angústias. Após essa jornada, eles retornam pela parte clara da espiral, em sentido horário, simbolizando a iluminação espiritual e moral adquirida. Eles realizam essa atividade descalços para melhor absorver as energias do ambiente e encerram o ritual fazendo pedidos ou agradecimentos no altar, além de beber água fluidificada”, descreve Paulo Medeiros, administrador da LBV.

Relatos

A conexão do Templo da Boa Vontade com o nascimento da filha torna o lugar ainda mais especial para Antônio Marcos da Silva, 48 anos, que mora em Minas Gerais. “Desde a inauguração, em 1989, venho aqui todos os anos com a minha família, exceto durante a pandemia. É um local de muita paz e felicidade. Hoje, estou aqui pela primeira vez com minha filha, que completa 5 anos. Este lugar me faz bem, e quero que ela também se sinta assim. O nascimento dela, em 20 de outubro de 2019, foi um momento marcante. Na véspera, quando o TBV completou 30 anos, fiz um pedido aqui e, no dia seguinte, ela nasceu saudável, graças a Deus”, relatou.

A moradora de Goiânia Edinair Maria da Silva, 73, contou que não existe no mundo uma sensação melhor do que estar no Templo. “Eu venho muitas vezes ao ano, moro perto e tenho uma filha que vive aqui. Às vezes, venho a cada 15 dias. Desde a inauguração, nunca deixei de vir. Este é um lugar que me faz muito bem, especialmente hoje, celebrando os 35 anos do TBV”, declarou a idosa.

Atualmente, Roseli Garcia, 54, mora na Bolívia e, para chegar até aqui, ela e a família passam por uma viagem de três dias. Porém, ela explica que a viagem não se torna cansativa, porque para eles o importante é a busca pela energia espiritual. “Venho uma vez ao ano, mas gostaria de morar perto para vir mais vezes. Aqui, recebemos energias que renovam a vida, poder fazer a espiral, receber a energia da pedra, do cristal sagrado, tomar a água fluidificada é importante para nós. É como se começássemos um ano novo no momento em que pisamos aqui”, comentou.

À reportagem, ela ainda acrescentou sobre a importância da proposta de Paiva Netto na fundação do Templo. “Estar nesse ambiente que fica aberto durante as 24 horas do dia e não fecha as portas para ninguém faz com que a gente sinta que todos são filhos de Deus, não importa religião, raça ou nacionalidade”, disse.

Programação

Dias: 21, 28, 29, 30 e 31 de outubro. 17h40: Hora do Ângelus (Hora da Ave, Maria!)

Local: Nave do TBV

Informações: (61) 3114-1070

 

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