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Tensão entre Michelle e Flávio após reunião do PL pela prisão de Bolsonaro
A nomeação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como porta-voz do pai após a prisão preventiva provocou um desconforto entre membros da família, conforme relataram aliados presentes na reunião realizada ontem à tarde na sede do PL em Brasília. Além de Flávio, participaram do encontro a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os demais filhos políticos, o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro e o vereador de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan.
Embora não tenha havido um confronto direto com Flávio, Michelle teria manifestado a algumas pessoas seu desconforto por não ter sido consultada pelo primogênito de Bolsonaro, já que até então ela era a única da família a acompanhar de perto o ex-presidente. Participantes relatam que a ex-primeira-dama enfrentou ao menos duas crises emocionais enquanto conversava com os aliados.
Apesar da divergência com Flávio, Michelle demonstrou manter uma boa relação com Carlos, a quem já esteve afastada e declarou não se sentir obrigada a conviver. Foi Carlos quem a amparou durante uma das crises de choro, comentando aos presentes sua admiração pela força da ex-primeira-dama.
Carlos realizou ainda um gesto de conciliação inusitado entre os bolsonaristas: elogiou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), reconhecendo-o como uma voz forte na defesa do pai. O deputado mineiro vinha sofrendo críticas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que questionava a sua postura na defesa do ex-presidente, além de já ter tido desentendimentos anteriores com Carlos.
A reunião também teve momentos de tensão, quando Michelle repreendeu o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por criticar a visita dos senadores ao Complexo da Papuda. Segundo relatos, Michelle desaprovou as críticas públicas feitas pelo parlamentar contra companheiros da oposição. O deputado argumentou que a inspeção teria significado uma aceitação da prisão do ex-presidente.

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