A movimentação política da última semana mostrou que as intenções dos integrantes da terceira via apontam para direções diferentes. Antes de anunciar o nome de Izalci Lucas (PSDB) para concorrer a uma vaga ao Palácio do Buriti, o grupo andava junto, participava de eventos e divulgava longas conversas, sempre com o mote de “trabalhar por Brasília”. Depois das complicações do escolhido na Justiça e dentro do próprio partido, a formação começa a se dissipar.
O senador Cristovam Buarque (PPS) foi o primeiro a abrir portas para novas alianças. Ele reuniu-se com Frejat e mostrou que articula em cenários diversos ao que compõe o grupo até o momento composto por nove partidos. Dias depois, Cristovam voltou a se encontrar com Frejat – o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), também estava presente.
Tantas idas e vindas provocaram incomodo dentro do PPS. “Não podemos mais continuar esticando essa indecisão até não se sabe quando, pois só fortalece os adversários. Afora isso, nós não deixamos as portas fechadas para alianças com outros grupos”, afirmou o presidente do PPS no DF, Chico Andrade.
Na última quinta-feira (14/6), o deputado federal Rogério Rosso (PSD) apareceu em uma foto ao lado dos pré-candidatos ao GDF Alírio Neto (PTB) e Eliana Pedrosa (Pros). A reunião durante o aniversário do secretário-geral do PTB sinalizou uma abertura para o apoio a Alírio. O presidente do PTB local fazia parte da terceira via, mas deixou o grupo após aproximação de Cristovam com Frejat.
O presidente do PRB-DF, Wanderley Tavares, ainda está no grupo como representante dos evangélicos. Ele era uma das opções para concorrer ao governo, mas foi preterido com o anúncio de Izalci como pré-candidato. Embora tenha conversado com outras correntes, Tavares afirma que o momento necessita de abertura de diálogo, principalmente quando o assunto é composição proporcional.
“Temos um acordo fechado com nossos aliados, com quem estaremos juntos, mas também manteremos diálogos com várias frentes em nome de uma grande união pelo bem do DF”, disse. Nos bastidores, no entanto, Wanderley tem se apresentado como pré-candidato, o que reflete a falta de liga e sintonia no discurso do grupo.
A aliança da terceira via ainda é formada pelo PSD, PSDB, PRB, PPS, PSDC, PSC, Patriota e PSL, além do PPS. Izalci Lucas, até agora o cabeça de chapa, ainda considera a coalização forte. “Nosso grupo talvez seja o único que tenha a convicção de que podemos ganhar a eleição unidos. Já era para termos lançado a chapa completa semana passada. Só não lançamos porque temos que fechar a coligação proporcional”, afirmou.
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