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Tiroteio em universidade dos EUA deixa mortos e feridos

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Cerca de cem policiais participaram das buscas neste domingo (14) por um atirador que assassinou duas pessoas e feriu outras nove na Universidade de Brown, causando estado de alerta máximo no campus localizado no leste dos Estados Unidos.

As ruas ao redor da universidade em Providence, Rhode Island, ficaram cheias de veículos de emergência logo após o ataque no sábado em um prédio onde provas estavam sendo realizadas.

Esse ato violento é mais um entre muitos ataques a universidades americanas, num contexto em que as tentativas de restringir o acesso a armas enfrentam resistência política.

Diversos veículos de emergência estavam próximos do local após o ocorrido.

Katie Sun, testemunha do ataque, relatou ao jornal estudantil Brown Daily Herald que estava estudando próximo quando ouviu os disparos. Ela correu para o dormitório, deixando seus pertences para trás, dizendo: “Foi realmente assustador. Os tiros pareciam vir das salas de aula”.

De acordo com a CNN, o estudante Lydell Dyer, que se exercitava na academia no momento, contou que tiveram que reunir todos, levar ao último andar, apagar as luzes e fechar as persianas, escondendo-se no escuro com outras 154 pessoas.

O atirador ficou foragido por 10 horas após o incidente, com cerca de 400 policiais mobilizados, incluindo agentes do FBI e polícia universitária.

A polícia divulgou 10 segundos de um vídeo onde o suspeito aparece caminhando rapidamente por uma rua deserta, visto de costas após abrir fogo dentro de uma sala no térreo.

Ninguém está seguro

A Universidade de Brown, uma das principais dos EUA, teve 8 dos 9 feridos em estado grave, porém estável, segundo o prefeito de Providence, Brett Smiley. A nona vítima teve ferimentos por estilhaços e foi hospitalizada posteriormente.

Das 11 vítimas, 10 eram estudantes, informou a reitora Christina Paxson em coletiva de imprensa.

Smiley lamentou: “Infelizmente, este é um dia que a cidade e o estado rezavam para nunca acontecer, dada a frequência de tragédias por armas nos EUA”.

O campus permaneceu sob confinamento. O ataque ocorreu no edifício “Barus and Holley”, onde ficam os departamentos de engenharia e física e onde provas eram aplicadas.

O vice-chefe de polícia Timothy O’Hara afirmou que todos os recursos estão sendo usados para localizar o suspeito e pediu para que as pessoas respeitem a ordem de confinamento.

A universidade alertou sobre um “atacante ativo” às 16h22 hora local no sábado, recomendando trancar portas, silenciar telefones e permanecer escondido até novo aviso.

Polícia e equipes de emergência chegaram rápido, com relatos de vestígios de sangue no local.

Oração pelas vítimas

No vídeo policial, o suspeito aparece vestindo roupas escuras e usando uma máscara de camuflagem cinza, sendo esta a última vez que foi visto. Nenhuma arma foi achada até o momento.

O então presidente Donald Trump afirmou nas redes sociais que o FBI estava no local e expressou solidariedade: “Que coisa terrível. Só podemos rezar pelas vítimas”.

Esta universidade da Ivy League está em Providence, perto de Boston, com cerca de 11.000 estudantes.

Armas de fogo nos EUA

Os Estados Unidos têm mais armas em circulação do que habitantes, gerando a maior taxa de mortes por armas entre países desenvolvidos.

Os ataques em massa são uma tragédia contínua que sucessivos governos não conseguiram deter, pois muitos americanos valorizam profundamente o direito constitucional ao porte de armas.

Em 2024, mais de 16.000 pessoas, excluindo suicídios, foram vítimas de violência armada segundo a ONG Gun Violence Archive.

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