Conecte Conosco

Notícias Recentes

TJ cassa parte da decisão para manter agentes de custódia em presídios

Publicado

em

Quem ocupa cargo de confiança deve permanecer no posto, em Brasília. Agentes que atuam em capturas e controle de presos seguem em delegacia.

Fachada do prédio do Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Isabella Calzolari/G1)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu parcialmente a decisão que determinava a transferência de todos os 543 agentes de custódia para o sistema penitenciário. Pela determinação, agentes que ocupam cargo de confiança ou comissionado devem permanecer no posto. Além disso, agentes de custódia da divisão de capturas e da divisão de controle de presos não precisam mais deixar as delegacias.

O presidente da Associação dos Agentes Policiais de Custódia da Polícia Civil do DF (AAPC), Alexandre Morais, havia dito que a categoria não concordava com a decisão anterior. “A sociedade sofrerá as consequências dessa decisão na Justiça. Hoje, somos apenas 534 agentes policiais de custódia. Deslocando parte para as prisões, as delegacias e as investigações ficarão escassas, sem efetivo. Sem policiais, a criminalidade vai aumentar. As quadrilhas não serão presas”,

Apesar da criação da carreira do sistema penitenciário, o Ministério Público defende que os agentes de custódia da Polícia Civil sempre estiveram lotados no sistema penitenciário do DF. Segundo o órgão, vigiar os detentos, efetuar rondas periódicas, conduzir e escoltar presos e realizar a contagem dos internos nas celas são atividades que já estavam definidas quando os profissionais fizeram concurso público.

Em nota, o Ministério Público também informou em fevereiro que o funcionamento regular das unidades prisionais é imprescindível para a garantia da segurança pública, pois evita fugas e rebeliões, além de viabilizar a ressocialização do preso, por meio do trabalho e do estudo, o que diminui a possibilidade de que venha a cometer novos crimes. “Essas atividades estão dificultadas, ou mesmo inviabilizadas, pela saída, somente em 2015, de aproximadamente 288 agentes policiais de custódia do sistema prisional.”

Para o promotor de Justiça e coordenador do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional, Marcelo Teixeira, os agentes policiais de custódia tentam se eximir das atribuições para as quais fizeram concurso.

“Ao longo dos anos, a situação efetivamente se agravou, pois houve enorme aumento do número de presos e o contingente de servidores diminuiu, o que tem trazido severos prejuízos ao regular funcionamento das unidades prisionais do DF. O sistema prisional vive uma situação de déficit de pessoal e esse retorno minora esse gravíssimo problema. Além disso, torna possível solucionar o grave problema de falta de escolta de presos para audiências, que muitas vezes acarreta a soltura deles.”

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados