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Traficante mais procurado do Equador é enviado aos EUA

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O governo do Equador extraditou neste domingo (20) para os Estados Unidos Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, reconhecido como o principal traficante de drogas do país, quase um mês após ter sido recapturado depois de escapar de um presídio de segurança máxima em 2024, conforme informou a autoridade responsável pelos presídios.

Em abril, a promotoria dos Estados Unidos apresentou denúncias contra Macías por envolvimento com tráfico de drogas e armas. O promotor federal John Durham, do Tribunal do Distrito Leste do Brooklyn, em Nova York, afirmou que Macías “foi um líder implacável e um traficante ativo em uma violenta organização criminosa transnacional”.

Fito foi removido da prisão de segurança máxima La Roca, localizada em Guayaquil, no sudoeste do país. Ele deixou a instalação escoltado por policiais e militares para procedimentos relacionados ao processo de extradição, conforme comunicado do Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI).

Na semana anterior, o chefe da gangue Los Choneros concordou voluntariamente com sua extradição em uma audiência realizada remotamente de dentro da prisão, conforme informou a Corte Nacional de Justiça, o tribunal supremo equatoriano.

Fito é o primeiro cidadão do Equador a ser extraditado por decisão do próprio país desde que essa possibilidade foi restabelecida em 2024, após aprovação em um referendo. O presidente Daniel Noboa foi o responsável por impulsionar essa mudança legislativa como parte de sua luta contra o crime organizado.

A fuga do narcotraficante em 2024 levou o presidente Noboa a declarar um estado de “conflito armado” interno, o qual permanece vigente e permite a mobilização das forças armadas nas ruas e prisões. Essa medida gerou críticas severas de organizações que defendem os direitos humanos.

Macías foi recapturado em 25 de junho, quando policiais e militares o localizaram em um bunker escondido sob uma residência de luxo na cidade portuária de Manta, no sudoeste do Equador.

Manta é conhecida por ser a base de operações dos Choneros, uma gangue poderosa dedicada ao tráfico de drogas que mantém ligações com cartéis internacionais.

As organizações envolvidas no tráfico de entorpecentes têm se multiplicado no Equador, onde a taxa de homicídios aumentou de 6 para cada 100.000 habitantes em 2018 para 38 em 2024.

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