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Transwolff recorre à Justiça contra fim de contrato com Prefeitura de São Paulo
A Transwolff Transportes e Turismo anunciou nesta sexta-feira (5/12) que fará uma ação judicial contra o decreto da Prefeitura de São Paulo que encerrou os contratos da empresa com o sistema municipal de ônibus. A administração municipal justificou a decisão com o não cumprimento de obrigações contratuais, mas a empresa classifica a medida como “arbitrária e ilegal”.
Em comunicado, a Transwolff expressou surpresa pelo término ter sido decretado antes da finalização dos trabalhos do Grupo de Trabalho Multidisciplinar da Secretaria de Transportes, que avalia a situação contratual da empresa. A concessionária informou que enviou uma manifestação recente ao grupo apontando falhas no processo administrativo, o que motivaria uma comunicação ao Ministério Público.
A empresa também contesta os motivos apresentados pela Prefeitura, alegando que o decreto se baseia apenas em “questões financeiras comuns a todas as empresas do setor, que podem ser resolvidas”.
Contexto do caso
A Transwolff e a UpBus estão sob supervisão da Prefeitura de São Paulo desde abril de 2024, após a Operação Fim da Linha, que revelou ligação das empresas com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O proprietário da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o sócio da UpBus, Silvio Luís Ferreira, apelidado Cebola, tiveram mandados de prisão cumpridos durante a ação.
Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, a Transwolff recebeu um investimento de R$ 54 milhões da facção criminosa, financiado por atividades ilícitas como tráfico de drogas, para participar da licitação do transporte coletivo na capital.
A Transwolff e a UpBus administram as linhas de ônibus das regiões sul e leste de São Paulo, respectivamente, transportando juntas cerca de 700 mil passageiros na cidade.


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