TRE-RJ vai transferir sessões eleitorais de áreas dominadas por criminosos

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), com o objetivo de garantir segurança nas eleições estaduais de 2026, começou a implementar uma nova estratégia. O vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Claudio de Mello Tavares, reuniu no Palácio da Democracia representantes dos setores de inteligência das forças de segurança do estado, além de membros do Ministério Público e da Procuradoria Regional Federal.

A primeira ação será a transferência das sessões eleitorais que atualmente funcionam em áreas sob controle do crime organizado.

O encontro simbolizou o início da colaboração entre os órgãos de segurança para assegurar que as eleições ocorram de forma tranquila, segura e sem interferências externas. A estratégia está focada em duas principais ações para combater a influência do crime organizado no processo eleitoral.

O principal objetivo é garantir que os eleitores possam votar sem sofrer pressão ou ameaças. Será realizado um novo mapeamento, atualizando o levantamento feito nas eleições municipais de 2024, e concluindo as alterações pendentes.

Além disso, será implementado um sistema de cooperação que permitirá à Justiça Eleitoral acessar informações detalhadas sobre os candidatos, com o intuito de barrar candidaturas de pessoas ligadas ao crime organizado. Essa medida visa evitar a entrada de criminosos na política.

Desembargador Claudio de Mello Tavares enfatizou: “Há eleitores que votam com medo, devido ao poder e à influência dos criminosos em certas áreas do Rio de Janeiro.” Ele também destacou que o plano inclui modificar os locais de votação para que os eleitores não precisem se deslocar mais de 1,5 quilômetro de suas residências. Segundo ele, para mudar essa situação é essencial impedir que pessoas ligadas a essas práticas ingressem na política.

A reunião ocorreu com mais de um ano de antecedência ao pleito de 2026. Novos encontros serão realizados nos próximos meses para definir diretrizes específicas e monitorar o progresso dessas iniciativas.