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Tremores fortes preocupam Venezuela pouco habituada a abalos

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Na Venezuela, uma série de tremores, incluindo dois com magnitude 6,2 e 6,3, abalou a maior parte do país entre quarta-feira e a madrugada de quinta-feira (25). Apesar do susto, não houve vítimas, já que a população venezuelana não está acostumada a esses eventos sísmicos.

Os tremores foram mais intensamente sentidos nos estados do oeste do país, especialmente em Zulia, que faz fronteira com a Colômbia, onde moradores relataram pelo menos três tremores.

Na capital Caracas, localizada a 700 km de Zulia, ao menos dois tremores foram notados. O mais forte e duradouro fez prédios tremerem e levou várias pessoas às ruas perto da meia-noite, segundo relatos dos jornalistas da AFP.

Delcy Rodríguez, vice-presidente, afirmou na televisão estatal que, felizmente, não houve feridos.

Delcy Rodríguez explicou que esses eventos configuram um “enxame sísmico”, ou seja, uma sequência de tremores em um curto período de tempo na mesma região.

Em sete horas, foram registrados 10 tremores principais e 21 réplicas, com magnitudes variando entre 6,3 e 4, conforme dados da Fundação Venezuelana de Investigações Sismológicas (Funvisis).

William Flores, técnico de 59 anos residente em Maracaibo, capital de Zulia, descreveu à AFP como os tremores o deixaram perturbado e até tonto.

Populações de quase todos os estados venezuelanos relataram terem sentido os tremores.

A maioria dos abalos teve epicentro entre as cidades petrolíferas de Mene Grande, Lagunillas e Bachaquero, no estado de Zulia, e foram percebidos também em cidades colombianas próximas, como Bucaramanga.

Elena Jiménez, de 67 anos, moradora do estado de Zulia, contou que as caixas d’água nos quintais se mexiam, causando transbordamento, algo que ela nunca havia sentido antes.

Imagens nas redes sociais mostraram supermercados em Zulia com mercadorias no chão após os tremores.

O governador de Zulia, Luis Caldera, informou que alguns hospitais e uma igreja histórica em Maracaibo tiveram danos leves, mas não houve vítimas.

Luis Caldera ressaltou que não há registro de mortes ou feridos após esses tremores.

Almando Mavárez, mototaxista de 29 anos e morador de Zulia, relatou à AFP que, no segundo tremor, sentiu a cama se mover e viu as paredes tremendo, com cães latindo e pessoas gritando, descrevendo a experiência como muito assustadora.

Esses foram os tremores mais intensos sentidos na Venezuela desde 2018, quando um terremoto de magnitude 7,3 atingiu várias cidades.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que até o momento não há registros de danos significativos.

Quase 80% dos venezuelanos residem em regiões com alto risco de atividade sísmica.

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