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Tribunal de Contas aponta falhas em programa de wi-fi livre do GDF

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Entre problemas estão ausência de sinal e estações sem energia elétrica. Programa foi lançado em 2013; foram investidos mais de R$ 26,7 milhões.

O vendedor Carlos Gomes Eugênio tenta conexão à internet gratuita na rodoviária do Plano Piloto em seu iPad, sem sucesso; no local, opção para usar a web continua sendo provedor privado ou a lan house do local  (Foto: Káthia  Mello/G1)

O vendedor Carlos Gomes Eugênio tenta conexão à internet gratuita na rodoviária do Plano Piloto em seu iPad, sem sucesso; no local, opção para usar a web continua sendo provedor privado ou a lan house do local (Foto: Káthia Mello/G1)

 

O Tribunal de Contas do Distrito Federal recomendou que a Secretaria da Casa Civil faça ajustes no programa de wi-fi em Brasília batizado de “Sinal Livre”. A Corte encontrou falhas no sistema, como dificuldades de acesso e gasto de dinheiro público no serviço. Para os conselheiros, há falta de monitoramento do projeto, que ainda é desconhecido pela população. O GDF não se posicionou sobre o parecer do tribunal até a publicação desta reportagem.

Entre as falhas identificadas estão interrupção ou intermitência do sinal, pontos de acesso não instalados e contratação de velocidade acima da considerada necessária por parte do GDF.

O programa foi lançado em 2013, durante o governo de Agnelo Queiroz. Ao todo, o GDF investiu R$ 26,7 milhões em serviços como contratação de infraestrutura, equipamento, instalação de softwares, manutenção, monitoramento e suporte.

As inspeções do Tribunal de Contas ocorreram entre 23 de junho e 1º de outubro, durante e após a Copa do Mundo. Segundo a Corte, era impossível acessar a internet no Estádio Nacional depois do evento de futebol por “configuração inadequada da rede”. Outros pontos no Setor Hoteleiro Norte também estavam indisponíveis por não receberem energia elétrica.

Para o tribunal, as falhas revelam monitoramento e fiscalização ineficazes sobre a prestação do serviço, mesmo tendo sido pagos R$ 47 mil por mês, a uma empresa para fornecimento de sinal e a outra para soluções elétricas.

Em alguns pontos, a Corte verificou que era fornecida velocidade de 7,50 Mbps – 15 vezes superior aos 512 Kbps no que estava previsto em contrato. Uma das explicações é o baixo número de usuários do serviço.

Fachada do prédio do Tribunal de Contas do DF (Foto: Lucas Nanini/G1)

Fachada do prédio do Tribunal de Contas do DF (Foto: Lucas Nanini/G1)

Teste após anúncio
O serviço foi anunciado em 2011, antes de ser lançado de fato. Na época,  verificou que só era possível ter acesso à internet em um dos três pontos prometidos pelo GDF. A justificativa era de que o programa ainda estava em fase de testes.

No Estádio Nacional foi possível navegar facilmente e até baixar aplicativos. A velocidade de conexão registrada foi de 3 Mbps. Na parte de trás da arena, próximo ao ginásio Nilson Nelson, a qualidade do sinal era menor, mas suficiente para a utilização do serviço. No Parque da Cidade e na rodoviária do Plano Piloto, não se conseguiu sinal, mesmo circundando toda a área.

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