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Tribunal israelense decide manter proibição à emissora Al Jazeera
Corte corrobora decisão do governo de Benjamin Netanyahu que proibiu atuação da emissora em solo israelense
Um tribunal israelense manteve na quarta-feira (5) a proibição de 35 dias às operações da Al Jazeera em Israel imposta pelo governo por motivos de segurança nacional. Um dos ministros disse que espera estender a proibição por mais 45 dias, quando ela terminar no sábado.
A Al Jazeera rejeitou as acusações como uma “mentira perigosa e ridícula” que colocava em risco os seus jornalistas.
A decisão do tribunal desta quarta-feira aprovou retroativamente uma proibição de 35 dias até 8 de junho.
O juiz do Tribunal Distrital de Tel Aviv, Shai Yaniv, disse ter recebido provas, que não especificou, de um relacionamento próximo e de longa data entre o grupo islâmico palestino Hamas e a emissora Al Jazeera, apoiada pelo Catar, acusando o canal de promover os objetivos do Hamas.
A Al Jazeera, que criticou as operações militares de Israel em Gaza, de onde fez reportagens durante a guerra, disse ao tribunal que não incitou a violência ou o terrorismo e que a proibição era desproporcional, de acordo com documentos judiciais.
Quanto à alegação de laços com o Hamas, disse que os seus jornalistas tinham uma vasta gama de fontes confidenciais, tanto do lado israelense como do palestino.
O canal acusou Israel de matar deliberadamente vários dos seus jornalistas em Gaza. Israel diz que não tem como alvo jornalistas.
Os provedores israelenses de televisão por satélite e a cabo suspenderam as transmissões da Al Jazeera seguindo as instruções do governo de 5 de maio. O ministro das Comunicações disse na quarta-feira que pretendia estender a proibição por mais 45 dias.
O escritório de direitos humanos das Nações Unidas e os Estados Unidos criticaram o encerramento da operação da Al Jazeera em Israel.
O Catar, onde estão baseados vários líderes políticos do Hamas, tenta mediar um cessar-fogo e um acordo de libertação de reféns que poderá pôr fim à guerra em Gaza.
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