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Trinitino morto em ataque dos EUA fez videochamada antes de embarcar

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A família de Chad Joseph, um dos dois homens de Trinidad e Tobago mortos em um bombardeio americano contra um barco suspeito de traficar drogas, contou à AFP nesta quarta-feira (23) que ele fez uma videochamada pouco antes de embarcar na Venezuela para retornar ao seu país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira passada a operação militar que resultou no ataque contra uma lancha, atingida por um míssil.

As autoridades de Porto Espanha ainda não confirmaram oficialmente que Chad Joseph, de 26 anos, e Rishi Samaroo, de 41, estavam entre os seis mortos no incidente, embora a polícia tenha comunicado que está investigando o ocorrido.

“Pouco antes de embarcar, ele me ligou por videochamada”, afirmou a irmã de Rishi Samaroo, Sallycar Korasingh, durante o velório. “Conversamos e ele mostrou que estava prestes a partir. Isso foi perto da meia-noite entre domingo e segunda-feira (13 de outubro). Eu tirei uma foto dele.”

Os EUA implantaram navios de guerra no Caribe como parte de uma ofensiva contra o tráfico de drogas, enquanto a Venezuela alega que essa ação tem o objetivo real de derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Até o momento, as forças militares americanas assumiram a realização de nove ataques semelhantes nas últimas semanas, que causaram 37 mortes.

Duas dessas operações recentes ocorreram na região do Pacífico.

Na noite de quarta-feira, cerca de 30 pessoas se reuniram para o velório de Rishi Samaroo. A família realizou a cerimônia sob uma tenda no bairro Bim Bim Trace, um subúrbio de El Socorro, situado a aproximadamente 10 km de Porto Espanha.

Um pandit conduziu o ritual religioso hindu, uma das religiões predominantes em Trinidad e Tobago.

Moradores descrevem que tiroteios são comuns nesta localidade, onde grupos criminosos ligados ao narcotráfico estão ativos e onde há uma significativa comunidade de imigrantes venezuelanos.

Os presentes no velório jogavam cartas e consumiam bebidas alcoólicas e café, discutindo sobre Rishi Samaroo, conhecido por viver em Maraval, região oeste da capital, e que visitava o povoado da família com pouca frequência.

Poucos aceitaram falar com a AFP.

Brandon Will, primo de Rishi e carpinteiro de 35 anos, afirmou que ele foi preso quando tinha cerca de 16 ou 17 anos por homicídio.

No entanto, disse que atualmente Rishi estava na Venezuela com um amigo e tinha três filhos de três mulheres diferentes.

“Eles costumavam pescar com frequência, ele era pescador”, contou Brandon. “Não usava drogas, trabalhava com agricultura na Venezuela. A fazenda tinha cabras e ele produzia queijo”, completou a irmã Sallycar Korasingh.

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