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Troco a virada por dinheiro: como será o réveillon dos motoristas de app
Enquanto muitas pessoas se preparam para aproveitar a ceia do Ano-Novo, inúmeros motoristas de aplicativo já estão se organizando para trabalhar na virada. Sabem que entre 31 de dezembro e 1º de janeiro, os ganhos aumentam devido à maior demanda e valores pagos mais altos pelas plataformas.
As viagens entre residências de amigos e familiares, além do retorno para casa após os shows da virada, costumam ser bastante lucrativas para os aplicativos, e parte do lucro beneficia os motoristas que permanecem nas ruas.
“Vamos ganhar dinheiro”
No ponto de motoristas de aplicativo em Congonhas, a reportagem do Metrópoles ouviu que muitos já estão prontos para trabalhar.
Tiago Pereira, 40 anos, trabalha como motorista de aplicativo há oito anos e afirma que desde então nunca perdeu uma chance de ganhar dinheiro durante os festejos de Ano-Novo em São Paulo. “R$ 1.500 por dia vale a pena para você? Então, vamos lá”, diz ele. Questionado sobre a família, responde: “Sou solteiro. Vamos trabalhar e ganhar dinheiro”.
Mario Santina Júnior, 65 anos, atua como motorista há seis anos e sempre parou no dia 30. Mas na virada de 2025 para 2026 será diferente, pois não terá folga. “Vou trabalhar porque tenho dois filhos na faculdade e preciso complementar a renda”, comenta. Sua expectativa é arrecadar cerca de R$ 900 com o aumento do fluxo turístico em São Paulo.
Sobre perder a ceia, ele reconhece que é uma preocupação. “Não tenho crianças em casa, só eu, minha mãe e minha irmã. Então, vale a pena.”
No ano passado, Rafael Oliveira de Jesus, 35 anos, trabalhou na virada e conseguiu uma renda 25% a 30% maior que a normal. Planeja repetir a experiência neste ano. “Os ganhos são um pouco melhores que em dias comuns, que já são baixos. No dia 31, dá para conseguir um dinheiro extra.”
Vale a pena?
Alguns motoristas só pretendem trabalhar se o pagamento compensar, ponderando o custo-benefício. “Compensa de um lado, mas o fato de não estar com a família pesa, especialmente porque tenho filhos”, conta Silvair Gomes, 35 anos.
Embora muitos saiam às ruas na virada, nem todos vão abrir mão da ceia para trabalhar. É o caso de Alberis de Arcanjo da Silva, 65 anos, que planeja trabalhar até as 22h do dia 31 e descansar no dia seguinte. “À meia-noite, estarei em casa com a família, comendo um peruzinho e descansando tranquilamente”.


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