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TRT-10 decide que Metrô deve pagar trabalhadores que fizeram greve
O salário dos funcionários que aderiram à greve no primeiro semestre deste ano foi cortado. A decisão também prevê o retorno de todos benefícios perdidos com a extinção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) determinou que a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) devolva os salários cortados dos empregados da empresa. A remuneração havia sido suspensa no período da maior greve da história da categoria, que durou 77 dias.
A decisão também prevê o retorno de todos benefícios perdidos com a extinção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cuja validade estava expirada e suspensa pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os funcionários do Metrô voltaram aos postos de trabalho em 18 de julho justamente por decisão do TRT-10, que atendeu ação da empresa contra os grevistas.
Após o fim da paralisação, o Metrô divulgou que 45% dos metroviários aderiram ao movimento. Em contrapartida, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô/DF) disse que 98% da categoria entraram e greve e apenas 54 funcionários, que têm cargo de chefia, não aderiram ao movimento.
Além disso, o Metrô reforçou que em 74 dias de paralisação, cerca de 1,7 milhão de pessoas deixaram de ser transportadas, o que gerou prejuízo de R$ 8,8 milhões. Por dia, 190 usuários, em média, usam os trens da companhia.
Por meio de nota, o Metrô-DF ressaltou que aguarda publicação do acórdão para estudar as medidas cabíveis. Além disso, informou que a empresa não tem levantamento do valor que seria pago aos funcionários.
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