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Trump abandona cessar-fogo na Ucrânia após encontro com Putin

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, manifestou apoio a um acordo de paz abrangente para a Ucrânia em vez de um simples cessar-fogo. Essa posição foi divulgada após a cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, que não teve avanços significativos.
Antes do encontro no Alasca, Trump e líderes europeus, inclusive o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, buscavam uma suspensão imediata dos combates. Zelensky está previsto para se encontrar com Trump em Washington na segunda-feira.
Esta nova abordagem favorece Putin, que há tempos deseja um acordo final direto. Já Kiev e seus aliados europeus temem que isso seja uma estratégia para Moscou consolidar ganhos territoriais.
Em sua rede social Truth Social, Trump declarou que um acordo simples de cessar-fogo frequentemente é instável, mesmo após ameaçar graves consequências a Moscou caso as hostilidades continuassem.
Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, afirmou que a Rússia não pretende encerrar o conflito no curto prazo.
De volta à Rússia, Putin qualificou a reunião como oportuna e proveitosa, afirmando que a conversa direta aproxima a tomada de decisões importantes. Ele também avisou a Ucrânia e à Europa para evitar manobras que possam impedir o progresso nas negociações.
Retorno de Zelensky à Casa Branca
A visita de Zelensky à Casa Branca é agora o foco diplomático principal. Seu último encontro em fevereiro terminou em tensão quando Trump e o vice-presidente JD Vance criticaram publicamente o presidente ucraniano por falta de gratidão pela ajuda americana contra a invasão russa de 2022.
Zelensky demonstrou entusiasmo pelo reencontro com Trump. Após a cúpula com Putin, Trump sugeriu à Fox News que a responsabilidade do avanço no acordo de paz está nas mãos de Zelensky, enquanto se planeja uma eventual reunião tripartite.
Apoio à proposta territorial de Putin
A cúpula no Alasca marcou o retorno de Putin à diplomacia internacional, sem anunciar nova reunião tripartite, cessar-fogo ou sanções adicionais. Trump descreveu o encontro de mais de três horas como muito produtivo.
Durante o voo de volta a Washington, Trump conversou com Zelensky e depois juntou-se uma chamada com líderes europeus, incluindo Keir Starmer, Emmanuel Macron, Friedrich Merz, Mark Rutte e Ursula von der Leyen.
Fontes diplomáticas revelaram que Trump ofereceu uma garantia de segurança à Ucrânia semelhante ao Artigo 5 da OTAN, que estipula defesa mútua em caso de ataque. Ele também demonstrou apoio à proposta russa que exige que Kiev ceda controle de algumas regiões para garantir a paz.
Trump apoia o controle total russo sobre dois oblasts ucranianos e a manutenção das linhas de frente em outras áreas parcialmente controladas pelos russos, segundo informações próximas ao caso.
Reação da Europa
Macron, Starmer e Merz organizaram uma videoconferência com aliados ocidentais da Ucrânia para tratar da situação. Embora tenham apoiado a ideia da cúpula trilateral, afirmaram que irão continuar pressionando a Rússia na ausência de cessar-fogo.
Os líderes europeus prometeram reforçar sanções e medidas econômicas para enfraquecer o esforço de guerra russo até alcançar uma paz justa e duradoura. Macron alertou para a tendência russa de romper seus compromissos, enquanto Starmer ressaltou que Zelensky deve estar envolvido nas decisões pela paz.
Apesar das tratativas diplomáticas, a guerra, a mais sangrenta na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, segue ativa. A Rússia anunciou a captura de duas localidades no leste ucraniano, enquanto as forças ucranianas informaram que repeliram um avanço recente das tropas russas.

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