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Trump anuncia tarifa que enfraquece discurso de Bolsonaro e favorece Lula

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditam que a nova tarifa imposta por Donald Trump, que aumenta em 50% as taxas para a exportação de produtos brasileiros, enfraquece a narrativa nacionalista adotada por Jair Bolsonaro, conhecido por sua admiração ao ex-presidente dos EUA. Segundo fontes próximas ao presidente, tal medida também fortalece o discurso de defesa dos interesses do Brasil.
O slogan ‘enquanto Lula quer taxar os super-ricos, Bolsonaro quer taxar o Brasil’ foi elaborado no Palácio do Planalto logo após o anúncio da medida, em uma carta oficial de Donald Trump para Lula.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi a primeira a divulgar a frase publicamente. Como importante estrategista política de Lula, ela já denunciava anteriormente uma possível ‘conspiração’ envolvendo o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro e os Estados Unidos.
Em entrevista ao Jornal da Record, Lula afirmou que Eduardo Bolsonaro teria pressionado diretamente Donald Trump a adotar medidas prejudiciais ao Brasil, numa tentativa de retaliação diante do avanço das investigações judiciais contra seu pai.
O governo federal enxerga na sobretaxa uma oportunidade inédita para desgastar a oposição, tendo como alvo principal o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A medida americana também passa a ser uma peça estratégica para as eleições de 2026.
Lula e sua equipe aproveitam o episódio para evidenciar as diferenças entre suas políticas e as de Bolsonaro. Dentro do programa de justiça fiscal defendido pelo governo, a ideia é reforçar que Lula busca tributação justa sobre os mais ricos e protege os interesses das empresas nacionais, enquanto a aliança entre Trump e Bolsonaro prejudica a economia brasileira.
Uma das estratégias é marcar a família Bolsonaro como ‘traidores’ do interesse nacional.
O Partido dos Trabalhadores já avalia o impacto econômico da tarifa, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, e identifica o governador Tarcísio de Freitas como um dos principais expoentes da crise. Enquanto ele responsabiliza Lula pela medida, o governo planeja contra-atacar, destacando seu apoio a Donald Trump.
No Palácio do Planalto, a orientação é agir com cautela, planejar as respostas diplomáticas e exibir como Lula trabalharia para defender os interesses do Brasil.
Até o momento, uma declaração nacional do presidente está descartada, mas pode ser reconsiderada após a efetivação das taxas e a definição das ações de resposta do governo brasileiro.

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