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Economia

Trump aumenta tarifas e afeta produtores e empresas brasileiras

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Setores econômicos que exportam para os Estados Unidos demonstraram preocupação com a decisão do presidente Trump de impor uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros. Essas medidas, segundo críticas, priorizam questões políticas em detrimento da diplomacia e da cooperação internacional.

Carne bovina

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa 43 empresas, destacou que as disputas políticas não podem criar barreiras ao comércio e à segurança alimentar. Qualquer aumento tarifário dificulta o comércio internacional, prejudicando o setor de carne bovina no Brasil.

Segundo a Abiec, a entidade permanece disponível para dialogar e evitar impactos negativos ao setor e aos consumidores nos EUA, que valorizam a qualidade e o preço dos produtos brasileiros.

As exportações de carne bovina para os EUA cresceram expressivamente, com aumento superior a 100% tanto em receita quanto em volume no primeiro semestre do ano, sendo os Estados Unidos responsáveis por mais de 12% das exportações brasileiras do produto.

Suco de laranja

A associação CitrusBR relatou que os Estados Unidos representam cerca de 41,7% das exportações brasileiras de suco de laranja, gerando receita superior a US$ 1,3 bilhão na última safra. Com a nova tarifa, o imposto sobre o produto aumentaria de forma drasticamente insustentável para o setor, ultrapassando 70% do valor do suco.

Isso poderia inviabilizar as vendas para o mercado americano, provocando interrupções nas colheitas, desorganização nas indústrias e paralisações comerciais, criando incertezas graves para toda a cadeia produtiva.

A CitrusBR destacou a importância da atuação diplomática do Brasil para proteger empregos e renda.

Café

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicou que toda a cadeia do café brasileiro sofrerá impactos negativos, comprometendo a competitividade e elevando custos num momento delicado do mercado global. Os Estados Unidos são o principal consumidor mundial e dependem do café produzido no Brasil, maior exportador.

Empresas afetadas: Embraer, Weg e Minerva

A fabricante de aviões Embraer é apontada como um dos principais segmentos impactados pela tarifa, já que 60% das vendas de jatos executivos destinam-se aos Estados Unidos. A companhia também possui fábrica local com 500 funcionários e equipamentos com alto conteúdo americano, o que pode amenizar parcialmente os efeitos da tarifa.

Relatórios do banco Citi sublinham que 55% dos pedidos firmes da Embraer no segmento comercial são de companhias aéreas americanas. As ações da empresa sofreram quedas significativas nas bolsas brasileira e nova-iorquina.

Outras companhias, como a Weg, atuante no setor de bens de capital e que exporta entre 7% a 8% de sua receita para os Estados Unidos, também estão sob alerta quanto aos impactos das novas tarifas.

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