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Trump classifica Antifa como organização terrorista

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou oficialmente nesta segunda-feira (22) o movimento Antifa, uma rede descentralizada de ativistas de esquerda radical que se definem antifascistas, como uma “organização terrorista”. Essa decisão ocorreu um dia após um evento em memória do ativista conservador Charlie Kirk, que foi assassinado.
Antifa é a abreviação de “antifascista”, usada para descrever grupos variados de extrema esquerda. Desde que Trump antecipou essa classificação na semana anterior, surgiram dúvidas sobre como caracterizar esse movimento.
A ordem executiva o descreve como uma “entidade militarista e anarquista que explicitamente busca a derrubada do governo dos Estados Unidos” e que recorre à “violência e ao terror” para suprimir a liberdade de expressão.
De acordo com a ordem, devido a um padrão de violência política destinado a inibir a atividade política legal e a obstruir o Estado de direito, o Antifa foi formalmente designado como uma “organização terrorista doméstica”.
Além disso, reconheceu-se que o grupo adota estratégias sofisticadas para esconder as identidades de seus integrantes, suas fontes de financiamento e recrutar novos membros.
A ordem também menciona que autoridades americanas têm permissão para agir contra qualquer indivíduo que alegue representar o Antifa ou que receba suporte material do grupo ou de seus representantes.
Trump tem advertido frequentemente sobre ações contra grupos de esquerda desde o assassinato do ativista Kirk, ocorrido em um campus universitário em Utah em 10 de setembro, fato que gerou protestos por parte da direita.
A justiça americana indiciou Tyler Robinson, de 22 anos, como principal acusado pelo homicídio qualificado.
Durante seu primeiro mandato, Trump já tinha manifestado intenções de combater o Antifa, responsabilizando o movimento por diversos crimes, incluindo ataques à polícia e envolvimento no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, evento protagonizado por apoiadores do então presidente que tentavam impedir a certificação da vitória de Joe Biden.
Críticos do presidente alertam que essa decisão pode ser usada para silenciar opositores políticos e limit ar a liberdade de expressão.
O Antifa tem suas raízes em grupos socialistas alemães dos anos 1930 que resistiram à ascensão de Hitler, e possui histórico de confrontos com grupos de direita e engajamento em desobediência civil.
Seus ativistas, frequentemente vestidos de preto, protestam contra o racismo, a extrema-direita e o fascismo, justificando o uso da violência como forma de autodefesa.

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