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Trump confirma ligação telefônica com Maduro
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, confirmou neste domingo, 30, que manteve uma conversa telefônica com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, conforme informou a agência Reuters.
A confirmação foi feita a repórteres durante o voo de volta a Washington, a bordo do Air Force One. Trump aproveitou o feriado de Ação de Graças na Flórida.
“Não quero entrar em detalhes, mas sim, aconteceu”, declarou Trump à imprensa, segundo a CNN. “Não diria se a chamada foi boa ou ruim… foi somente uma ligação telefônica”, completou. A chamada, conforme revelou o The New York Times, ocorreu no fim de semana anterior, onde discutiram a eventual possibilidade de um encontro nos EUA, embora nenhuma reunião esteja marcada.
O jornal também relatou que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, crítico do regime de Maduro, participou da ligação. Os detalhes da conversa não foram divulgados. A ligação se deu pouco antes da decisão dos EUA de classificar o Cartel dos Soles como uma organização terrorista estrangeira; os EUA acusam Maduro de liderar esse grupo criminoso.
Trump já havia demonstrado abertura para diálogo com Maduro, que por sua vez, está disposto a um encontro presencial.
EUA sugerem que Maduro busque asilo na Rússia
O senador republicano Markwayne Mullin, da Comissão das Forças Armadas, disse que os EUA aconselharam Maduro a solicitar asilo na Rússia ou em outra nação. Mullin destacou que Trump não planeja um ataque militar à Venezuela.
“Queremos proteger nossa segurança”, afirmou Mullin. “Não permitiremos que a Venezuela continue como fonte de drogas que matam nossos cidadãos”. Ele também comentou que, apesar dos esforços de Trump para fechar as rotas de tráfico aéreo, a Venezuela persiste na contrabando usando aviões comerciais e privados.
Mullin afirmou que o presidente deixou claro que o espaço aéreo está sendo fechado.
Além disso, Mullin comentou que os venezuelanos estão manifestando desejo por uma nova liderança.
Investigação venezuelana sobre mortes em ataques no Caribe
Desde agosto, a tensão aumenta desde que Trump enviou tropas ao Caribe para combater o narcotráfico. As forças dos EUA já atacaram várias embarcações suspeitas, resultando na morte de pelo menos 83 pessoas.
A Assembleia da Venezuela decidiu criar uma comissão de deputados para investigar as alegadas execuções extrajudiciais de cidadãos venezuelanos durante esses ataques, conforme anunciado pelo presidente da Assembleia, Jorge Rodríguez, aliado de Maduro.
O Ministério Público venezuelano também participará do inquérito.
Espaço aéreo fechado
No dia 29, Trump avisou, por meio da rede social Truth Social, que pilotos, companhias aéreas e traficantes devem considerar fechado o espaço aéreo da Venezuela.
O governo venezuelano repudiou essa declaração, considerando-a uma ameaça e violação do Direito Internacional, reforçando que sua soberania aérea não aceitará interferências estrangeiras.
Colômbia critica presença militar americana
O presidente colombiano Gustavo Petro contestou o fechamento do espaço aéreo venezuelano pelos Estados Unidos, qualificando a medida como ilegal. Em publicações na rede X, ele defendeu multas para companhias que cumprirem a ordem americana.
Petro também destacou que há vítimas colombianas nos ataques americanos no Caribe, unindo-se nas críticas contra a presença militar dos EUA na região.


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