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Trump confirma ligação telefônica com Maduro

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, confirmou no domingo (30) que manteve uma conversa por telefone com o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Maduro, por sua vez, denunciou uma possível ‘agressão’ que estaria sendo preparada por Washington.

Os Estados Unidos acusam Maduro de liderar um cartel de drogas e possuem desde agosto uma operação antinarcóticos na região do Caribe, envolvendo inclusive o maior porta-aviões do mundo.

Quando questionado sobre a ligação telefônica, Trump afirmou: “Não quero detalhar, mas a resposta é sim”, acrescentando que a conversa não foi nem boa nem ruim, apenas uma ligação.

O senador americano Markwayne Mullin declarou que os EUA ofereceram a Maduro a possibilidade de deixar a Venezuela, indo para a Rússia ou outro país.

Maduro acusa Washington de usar a luta contra as drogas como pretexto para tentar derrubá-lo e garante que a Venezuela é um país forte e resiliente. Em evento com convidados russos, destacou que o setor turístico do país está em paz e prosperando.

A Venezuela solicitou ajuda à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para conter as ações que considera agressivas dos EUA, que ameaçam o equilíbrio do mercado energético global. Maduro alegou que os EUA desejam assumir controle das reservas venezuelanas de petróleo e que uma intervenção militar colocaria em risco a estabilidade da produção local e do mercado mundial.

Embora Trump não tenha feito ameaças diretas de usar a força, ele indicou que uma operação terrestre para combater o narcotráfico venezuelano será iniciada em breve. Recentemente, Trump advertiu que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado completamente fechado, provocando tensões e a revogação de licenças de companhias aéreas que suspenderam seus voos ao país.

Diante dessas medidas, a vice-presidente venezuelana anunciou uma operação para garantir o retorno dos venezuelanos retidos no exterior e facilitar a saída dos que desejam deixar a Venezuela.

Desde setembro, forças americanas atacaram diversas embarcações suspeitas de tráfico de drogas na região do Caribe e Pacífico, resultando em pelo menos 83 mortes, sem a apresentação de evidências concretas. A Venezuela qualificou esses ataques como execuções extrajudiciais e pediu à ONU uma investigação formal.

No Parlamento venezuelano, familiares das vítimas foram recebidos para discutir a situação, enquanto o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, denunciou um suposto crime de guerra envolvendo ordens de eliminação total de passageiros em ataques realizados sob supervisão do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth.

Trump declarou que irá averiguar os fatos, mas demonstrou confiança na versão apresentada por seu secretário de Defesa.

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