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Trump critica decisão da França de reconhecer Estado palestino

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou nesta sexta-feira (25) a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de reconhecer o Estado palestino, afirmando que essa ação “não tem importância”.
Embora os Estados Unidos e Israel sejam firmemente contrários, pelo menos 142 países já reconheceram o Estado palestino, de acordo com uma contagem da AFP. Na Europa, nações como Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia tomaram essa decisão em 2024.
“Ele é uma pessoa muito boa, eu gosto dele, mas essa declaração não tem importância”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca antes de viajar para a Escócia, um dia depois do anúncio de Macron de que a França reconhecerá o Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU em setembro, em Nova York.
“Isso não vai alterar nada”, acrescentou o republicano.
Na quinta-feira, Macron comunicou pelo Instagram que decidiu reconhecer “o Estado da Palestina” como parte de um “compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio”.
“A prioridade imediata hoje é acabar com a guerra em Gaza e ajudar a população civil”, afirmou ele.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão, dizendo que ela “recompensa o terror” e cria “uma base para eliminar Israel”.
“Sejamos claros: os palestinos não procuram um Estado ao lado de Israel, mas sim no lugar de Israel”, declarou ele em nota oficial.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também rejeitaram a decisão considerada “imprudente” de Macron. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que essa ação “só favorece a propaganda do Hamas e atrasa a paz”.
A crise humanitária em Gaza é grave. A ONU e várias ONGs alertam para a escassez de alimentos e o risco de fome para mais de dois milhões de habitantes.
A operação militar de Israel em Gaza causou a morte de pelo menos 59.587 palestinos até o momento, de acordo com dados do Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo Hamas.
O conflito começou após o movimento islâmico lançar um ataque em Israel em outubro de 2023, que resultou em 1.219 mortos, conforme balanço da AFP baseado em informações oficiais de Israel.

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