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Trump deve apoiar libertação do líder palestino Barghouti

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O filho do líder palestino Marwan Barghouti, que está preso em Israel desde 2002, solicitou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aproveite a ‘oportunidade’ do cessar-fogo em Gaza para ajudar na libertação de seu pai antes do possível início de negociações de paz.

Conhecido por seus seguidores como o ‘Mandela da Palestina’, Barghouti, de 66 anos, foi um dos principais líderes da Segunda Intifada, o levante palestino dos anos 2000, e é frequentemente considerado um futuro sucessor do presidente palestino Mahmoud Abbas.

Em junho de 2004, um tribunal em Israel condenou Barghouti a cinco prisões perpétuas por sua participação em quatro ataques contra israelenses durante a Intifada, que resultaram na morte de cinco pessoas, mas sua popularidade entre os palestinos permaneceu alta.

Trump declarou em outubro que tomaria uma decisão sobre o caso, sem especificar uma data, após um pedido feito pela esposa de Barghouti, Fadwa.

Em entrevista à AFP, o filho de Barghouti, Arab Barghouti, pediu à comunidade internacional, especialmente a Trump, que exerça pressão sobre Israel para libertar seu pai, que ele acredita poder facilitar as negociações para uma solução de dois Estados.

De acordo com Arab Barghouti, a libertação do pai representaria uma excelente chance para a comunidade internacional mostrar seu apoio genuíno à solução de dois Estados.

Ele acrescentou que espera sinceramente que Trump pressione Israel para libertar seu pai, que é visto como um mediador pela paz, e que sua família recebeu positivamente as palavras do presidente americano.

A missão da vida de Barghouti

A imagem de Marwan Barghouti, ainda próxima nos muros da Cisjordânia e recentemente em Gaza, simboliza resistência e unidade. Ele é uma das poucas figuras palestinas aceitas por todos os setores políticos, incluindo o Hamas.

Uma pesquisa realizada em maio pelo Centro Palestino de Pesquisa de Políticas e Estudos (PCPSR) indicou que Barghouti ganharia uma eleição presidencial, mesmo passados vinte anos desde o início do governo de Abbas.

Como membro do Fatah, o partido secular liderado por Abbas, Barghouti foi continuamente eleito para o comitê central desse grupo, que compete com o Hamas.

Com o cessar-fogo em Gaza e o plano americano de paz que prevê um Estado palestino a longo prazo, Arab Barghouti afirmou que as nações ocidentais devem aproveitar a chance de contar com um líder palestino que compartilhe essa visão.

O nome de seu pai foi citado em discussões para possíveis trocas de prisioneiros, mas, em 9 de outubro, Israel anunciou que não pretende libertá-lo.

Arab Barghouti relatou que prisioneiros libertados afirmaram que as forças israelenses causaram ferimentos graves a Marwan Barghouti durante uma transferência na prisão em setembro.

Quando questionado se o pai desejaria se afastar da política após ser libertado, Arab respondeu que conhece o pai o suficiente para saber que ele continuará ativo, trabalhando para acabar com o sofrimento, reconstruir Gaza e apoiar o povo palestino, pois essa sempre foi sua principal missão.

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