A intenção do presidente americano é que os deputados determinem limites que, cruzados pelo governo iraniano, ative medidas imediatas contra o regime de Teerã. Entre esses “gatilhos”, está o eventual lançamento de misseis balísticos pelo Irã, uma possível recusa em estender a duração da restrição contra a produção de combustível nuclear ou uma futura conclusão, a partir das agências de inteligências americanas, de que o país poderia uma arma nuclear em um período inferior a um ano. A retomada de sanções poderia provocar a saída do Irã do acordo.
Antes do pronunciamento, que acontece nesta tarde, Trump deu pistas do conteúdo de outras medidas que devem ser tomadas contra o regime de Teerã. Membros e grupos associados à Guarda Revolucionária do Irã devem ser colocados em uma lista de sanções e o grupo pode receber a classificação de ‘organização terrorista’. “Chegou a hora do mundo se unir a nós para exigir que o governo do Irã dê fim à busca por morte e destruição”, comunicou a Casa Branca.
A Rússia afirmou nesta sexta-feira que as consequências serão “extremamente negativas” se os Estados Unidos deixarem o acordo com o Irã sobre o programa nuclear iraniano, e que Teerã provavelmente também abandonaria o pacto. “Certamente isso irá prejudicar a atmosfera de previsibilidade, segurança, estabilidade e não proliferação no mundo inteiro”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a repórteres.
Por sua vez, o presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, rechaçou qualquer possibilidade de que os Estados Unidos possam recuar do acordo com Teerã. Em visita à Rússia, ele disse que a mudança de posição seria um insulto ao Irã e às Nações Unidas, e qualquer revisão poderia levar o país a tomar suas próprias ações, sem especificá-las. Em setembro, o presidente iraniano Hassan Rohani declarou que Washington pagaria um “preço alto” caso abandonasse o acordo.
(Com Reuters)
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