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Economia

Trump diz que acordo com Brasil será alcançado

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Lula e Donald Trump se encontraram na Malásia neste domingo (26). “Vamos alcançar um acordo”, afirmou o presidente dos EUA sobre as negociações com o Brasil. O líder brasileiro também mencionou que haverá boas notícias após o encontro.

A reunião bilateral teve início às 15h30 (horário local) — 4h30 no horário de Brasília —, no Centro da Cidade de Kuala Lumpur (KLCC), conforme confirmado pela Secom. Mauro Vieira, Márcio Elias Rosa, do MDIC, e Audo Faleiro, diplomata da equipe do assessor especial da presidência Celso Amorim, acompanharam a conversa ao lado de Lula.

Quando questionado por uma repórter se Bolsonaro seria tema da conversa com Lula, Trump respondeu: “None of your business” (“não é da sua conta”, em tradução livre). O ex-presidente brasileiro foi condenado por envolvimento em trama golpista.

O objetivo principal do primeiro encontro entre os dois países era discutir as tarifas elevadas impostas por Washington sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Além disso, seriam abordadas sanções contra cidadãos brasileiros, a ofensiva americana em relação à Venezuela e outros temas delicados.

Para o Brasil, a reunião pode ser um indicativo da futura relação com os EUA — avaliando se Washington aceitará flexibilizar as sanções políticas, que para Brasília são vistas mais como medidas políticas do que comerciais.

Aumento das tensões na América Latina

As ações dos EUA contra os governos de Nicolás Maduro e Gustavo Petro — presidentes da Venezuela e da Colômbia, respectivamente — intensificaram as tensões na conversa com o Brasil.

Nesse cenário, o país se posiciona entre o pragmatismo em relação aos EUA e a defesa dos países vizinhos. Enquanto Lula busca uma trégua com Trump quanto às tarifas sobre os produtos exportados, ele também protege a soberania dos países latino-americanos em meio à ofensiva americana.

Importância do dólar nas negociações

O dólar é outro ponto delicado na discussão bilateral. Lula defende a redução do uso da moeda americana nas negociações comerciais do Brics, grupo econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Porém, o presidente dos EUA se opõe à ideia e já ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos dessas nações caso o projeto avance dentro do bloco.

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