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Trump diz que Maduro deveria deixar o cargo

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou na segunda-feira (22) que a melhor decisão para o líder venezuelano Nicolás Maduro seria renunciar ao cargo. A declaração ocorreu em meio a pressões de Washington, que mantém um bloqueio naval visando a costa petrolífera da Venezuela.

Desde setembro, navios de guerra americanos estão posicionados no Mar do Caribe, em uma operação contra o narcotráfico que já resultou em mais de 100 mortes. Além disso, Trump anunciou, em 16 de dezembro, o bloqueio aos petroleiros sancionados que navegam para ou saem da costa da Venezuela.

Caracas tem condenado essas ações como uma tentativa de derrubar Maduro e tomar o controle das riquezas do país. Perguntado sobre o objetivo do governo americano ser derrubar o líder venezuelano, Trump respondeu: “Isso depende do que ele queira fazer. Acho que seria inteligente de sua parte renunciar”.

No entanto, Trump alertou: “Se ele optar por resistir, será a última vez”.

Maduro, por sua vez, criticou Trump, sugerindo que o presidente americano deveria focar nas questões internas dos Estados Unidos, ao invés de se concentrar tanto na Venezuela. “Seria melhor para o mundo se meu colega focasse nos problemas de seu país”, disse em evento televisionado.

Os Estados Unidos apreenderam dois navios-tanques carregados com petróleo venezuelano, o que Caracas classificou como atos de pirataria. Trump exige a devolução de bens americanos que teriam sido roubados e acusa o regime venezuelano de usar os recursos do petróleo para financiar atividades terroristas ligadas a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros.

Além disso, a presença naval americana tem intensificado o combate contra embarcações suspeitas de transportar drogas no Caribe e no Pacífico Oriental, com um ataque no Pacífico que resultou em uma morte, elevando o total para 105 vítimas na campanha.

Apoio Internacional

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, afirmou que Maduro deve deixar o poder, enviando uma mensagem clara de intolerância à atividade ilegal atribuída ao governo venezuelano.

Washington acusa Maduro de liderar o denominado Cartel de los Soles, considerado um grupo narcoterrorista, e ofereceu uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que ajudem a sua captura.

O chanceler venezuelano Yván Gil informou que a Venezuela recebeu novamente o apoio da Rússia frente ao bloqueio naval dos EUA. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, expressou solidariedade ao povo venezuelano e reafirmou apoio contra as hostilidades.

Maduro também agradeceu à China pelo apoio à soberania venezuelana e condenou as políticas unilaterais dos Estados Unidos.

Navios Apreendidos

Entre as embarcações confiscadas está o petroleiro Centuries, interceptado pela Guarda Costeira americana. A Venezuela classificou a ação como um roubo e sequestro.

Um terceiro navio estava sendo monitorado pelas autoridades americanas, segundo fontes do governo dos EUA.

Apesar disso, uma análise apontou que o Centuries não está listado nas sanções do Departamento do Tesouro americano, embora carregue petróleo da estatal venezuelana PDVSA. Uma porta-voz da Casa Branca alegou que o petroleiro utiliza bandeira falsa e faz parte de uma frota fantasma dedicada ao transporte ilegal de petróleo para financiar o regime.

Enquanto isso, a Chevron, gigante do petróleo, enviou um navio de Caracas para os Estados Unidos, em conformidade com as regras vigentes, conforme informou a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez. A Chevron recebeu uma nova licença para explorar petróleo na Venezuela, representando quase 10% da produção nacional.

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