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Trump e Putin terão encontro nos próximos dias, diz Kremlin

Donald Trump e Vladimir Putin se encontrarão “em breve”, informou o Kremlin nesta quinta-feira (7), confirmando que ambos chegaram a um acordo preliminar sobre o local da reunião.
Este será o primeiro encontro entre os líderes em exercício dos Estados Unidos e da Rússia desde que Joe Biden visitou Putin em Genebra, em junho de 2021.
O objetivo do encontro é intensificar os esforços de Trump para tentar encerrar a intervenção militar russa na Ucrânia.
As negociações diretas entre Moscou e Kiev, promovidas até hoje em três rodadas, não geraram progresso para um cessar-fogo, e as partes ainda estão distantes de encerrar o conflito que se estende por mais de três anos.
Trump afirmou na quarta-feira que o encontro provavelmente ocorrerá presencialmente em breve.
O assessor diplomático do presidente russo, Yuri Ushakov, declarou que “por sugestão dos Estados Unidos, foi firmado um acordo preliminar para organizar uma reunião bilateral nos próximos dias” e que os detalhes estão sendo trabalhados com os colegas americanos, com a expectativa de realizar o encontro na próxima semana.
O Kremlin confirmou o acordo sobre o local da reunião, mas optou por não revelar o local.
Desde o início da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, dezenas de milhares de pessoas perderam a vida, e milhões foram forçadas a deixar suas casas, enquanto grandes áreas nas regiões leste e sul do país foram destruídas.
Putin tem rejeitado repetidamente os apelos dos Estados Unidos, da Europa e de Kiev por um cessar-fogo.
Zelensky solicita encontro
Nas negociações diretas em Istambul (Turquia), os negociadores russos pediram o reconhecimento das regiões parcialmente ocupadas da Ucrânia e que Kiev abandone seus planos para entrar na OTAN, exigências consideradas inaceitáveis por Kiev.
A Rússia também questiona a legitimidade do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e não aceita uma reunião entre os líderes para discutir um acordo de paz.
O anúncio do encontro surge um dia após o envio do diplomata americano Steve Witkoff a Moscou, que propôs uma reunião trilateral incluindo Zelensky, mas a Rússia não respondeu à proposta.
Zelensky reafirmou nesta quinta-feira seu pedido para se reunir com Putin, visto como essencial para avançar no processo de paz.
Ele informou que terá diversas conversas ao longo do dia, incluindo diálogos com o chefe do governo alemão, Friedrich Merz, e oficiais da França e da Itália.
Além disso, haverá comunicações entre assessores de Segurança Nacional, com ênfase na necessidade de que a Rússia, responsável pela agressão, tome medidas concretas para acabar com o conflito.

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