Economia
Trump elogia conversa com Lula e vê boa relação entre os países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que teve um diálogo “muito positivo” com Lula na manhã desta segunda-feira. Em uma publicação na rede social Truth Social, o ex-presidente americano relatou que o assunto principal do telefonema foi economia e comércio.
“Hoje pela manhã conversei por telefone com o presidente Lula, do Brasil. Abordamos diversos temas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre os nossos países. Teremos mais conversas no futuro e nos encontraremos em breve, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei muito do contato — nossos países têm tudo para colaborar muito bem juntos!”, declarou Trump, em tradução livre.
Mais cedo, o Palácio do Planalto confirmou a ligação e mencionou que, na reunião virtual realizada nesta manhã, Lula e Trump relembraram a “boa sintonia” que tiveram durante a Assembleia Geral da ONU há duas semanas.
Lula solicitou ao americano a suspensão das tarifas de 40% aplicadas a produtos brasileiros. Sem citar diretamente a Lei Magnitsky ou o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula também pediu o cancelamento das sanções impostas a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Fontes do governo afirmaram que Moraes não foi mencionado na chamada, mas o pedido de Lula deixou claro que se referia também ao ministro. A ligação foi iniciada pela Casa Branca.
Segundo o Palácio do Planalto, os dois líderes combinaram uma reunião presencial, que pode ocorrer durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. Lula deve visitar Kuala Lumpur em 24 de outubro.
Essa ligação aconteceu 13 dias após o encontro entre Lula e o republicano na Assembleia Geral da ONU, quando Trump afirmou que teria uma nova reunião com o brasileiro.
A conversa foi organizada no fim de semana entre os assessores de Lula e Trump. O presidente brasileiro estava reunido com ministros no Palácio da Alvorada, incluindo os titulares da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O vice-presidente Geraldo Alckmin, responsável pelo Desenvolvimento, Indústria e Comércio, também participou, assim como o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira.
“O presidente Lula considerou o contato como uma chance de renovar as relações cordiais de 201 anos entre as duas maiores democracias das Américas. Destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com níveis positivos na balança comercial de bens e serviços com os Estados Unidos”, afirma a nota do Palácio do Planalto.
O texto acrescenta que Lula pediu o fim das altas tarifas e de medidas restritivas contra autoridades brasileiras, em referência à revogação de vistos cancelados e à retirada do nome do ministro Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de sancionados pela Lei Magnitsky.

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