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Trump estende paz tarifária com China por mais 90 dias

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a extensão da pausa nas tarifas contra a China por um período adicional de 90 dias, poucas horas antes do prazo inicial expirar, segundo reportagens americanas nesta segunda-feira (11).
A rivalidade econômica entre os Estados Unidos e a China tem sido uma das maiores prioridades para Washington desde o primeiro mandato de Donald Trump em 2017.
Mesmo após a posse do presidente democrata Joe Biden, a pressão permaneceu, com Trump intensificando as ações após seu retorno ao cargo em 20 de janeiro.
Com o objetivo de combater o tráfico de fentanil, Trump implementou uma tarifa adicional de 10%, que somou-se àquela aplicada antes de 1º de janeiro, e acrescentou uma tarifa de 20% chamada de “recíproca” no início de abril.
Após uma série de retaliações comerciais, as tarifas chegaram a 125% para produtos americanos e 145% para produtos chineses. Um acordo intermediado em maio, em Genebra, reduziu essas porcentagens para 10% e 30%, respectivamente.
Desde então, representantes de ambos os países têm se reunido em Londres e Estocolmo para evitar que a disputa tarifária escale, mantendo a trégua vigente até 12 de agosto.
De acordo com a CNBC e o Wall Street Journal, que citaram uma fonte anônima da Casa Branca, Trump assinou o decreto que prorroga o cessar-fogo tarifário por mais três meses.
A Casa Branca ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.
Em coletiva, Trump afirmou que a relação com o presidente chinês Xi Jinping é “muito boa” e aguarda os próximos passos.
Por sua vez, a China manifestou expectativa de resultados positivos nas tratativas, pedindo respeito mútuo e colaboração para manter o entendimento alcançado em conversas recentes.
Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, destacou que a decisão final sobre a extensão dos acordos tarifários cabe a Trump.
Solicitação para aumento nas compras de soja
No domingo à noite, Trump utilizou sua rede social para solicitar que a China aumente em quatro vezes a compra da soja americana, ressaltando a preocupação chinesa com a escassez do produto e a qualidade da produção dos agricultores norte-americanos.
Ele adicionou que esse aumento nas importações ajudaria a reduzir o déficit comercial entre os dois países.
Desde seu retorno, Trump tem conduzido uma estratégia de tarifas adicionais sobre diversos produtos importados, variando de 10% a 50% para itens brasileiros e incluindo setores específicos como automotivos, aço, alumínio e cobre.
Além disso, tem ameaçado aplicar novas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos.
Recentemente, documentos revelaram que lingotes de ouro foram incluídos na lista de itens sujeitos a tarifas, o que levou a uma valorização do metal nos mercados.
Porém, Trump esclareceu na segunda-feira que o ouro não será taxado, em publicação em sua plataforma, sem fornecer mais detalhes.

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