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Trump inicia nova visita oficial ao Reino Unido em meio a protestos previstos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início nesta terça-feira (16) a sua segunda visita oficial ao Reino Unido, marcada por negociações comerciais e discussões sobre os conflitos em Gaza e Ucrânia.
O líder de 79 anos, que é o primeiro presidente dos EUA a realizar duas viagens oficiais ao Reino Unido, havia visitado o país em 2019 durante seu primeiro mandato. Assim como na visita anterior, ele enfrentará manifestações contrárias.
Para evitar confrontos, Trump deve evitar grandes aglomerações e permanecerá afastado de Londres, onde uma manifestação contra ele está programada para quarta-feira.
Protestos também são previstos em Windsor, localizada a menos de 40 km da capital, local onde Trump concentrará a maior parte de sua estadia, que vai até quinta-feira.
Encontro com o primeiro-ministro
Trump tem encontro agendado com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na quinta-feira em Chequers, a residência oficial do premiê, a cerca de 70 km de Londres. Na pauta, estarão acordos comerciais, tarifas e os conflitos envolvendo Ucrânia e Gaza.
Está prevista a assinatura de acordos no valor total de aproximadamente 13,6 bilhões de dólares (72 bilhões de reais), incluindo investimentos em projetos nucleares e uma parceria tecnológica de destaque global.
Starmer declarou recentemente seu objetivo de promover uma “era dourada” para a energia nuclear em colaboração com os EUA.
Antes da visita, o Google anunciou um investimento próximo de 6,8 bilhões de dólares no Reino Unido durante os próximos dois anos.
De acordo com Evie Aspinall, diretora do British Foreign Policy Group, essa visita beneficiará ambos os líderes: “Para Trump, é a chance de aproveitar o protocolo que tanto aprecia; para Starmer, uma oportunidade de desviar a atenção dos problemas domésticos e reforçar sua atuação internacional”, explicou.
Donald e Melania Trump chegaram ao Reino Unido na noite de terça-feira, iniciando a visita oficial no dia seguinte, hospedando-se no Castelo de Windsor, uma das residências oficiais da monarquia britânica.
Na quarta-feira, serão recebidos em Windsor pelos príncipes de Gales, William e Catherine, além do rei Charles III e da rainha Camilla, que não participou do funeral da duquesa de Kent devido a uma sinusite.
Melania terá compromissos próprios na quinta-feira, incluindo visita à casa de bonecas da rainha Mary em Windsor com a rainha Camilla e participação em evento educativo com a princesa Kate.
Contexto recente
A visita oficial ocorre semanas após Trump realizar uma viagem privada à Escócia, onde sua mãe nasceu e onde possui campos de golfe.
A visita também acontece pouco depois do governo britânico afastar seu embaixador em Washington, Peter Mandelson, devido a conexões com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein.
Cartas e documentos publicados revelaram uma amizade próxima entre Mandelson e Epstein, situação que levou à demissão do diplomata por parte do governo de Starmer, que o havia nomeado com objetivo de fortalecer laços com a administração Trump.
Marco Rubio, secretário de Estado americano que acompanha o presidente na viagem, afirmou que a saída de Mandelson não terá impacto nas negociações. “O Reino Unido continua sendo um parceiro e aliado essencial”, afirmou.

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