Trump mostra número alternativo da economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta quinta-feira (7) dados econômicos alternativos que, segundo ele, indicam que as estatísticas oficiais favorecem seu predecessor democrata, Joe Biden, após a demissão da chefe da principal agência federal de estatísticas de trabalho.

Em uma coletiva de imprensa urgente no Salão Oval, descrita como “importante” por um alto funcionário, o presidente republicano exibiu diversos gráficos ao lado de Stephen Moore.

Esse economista, ligado ao centro de estudos conservador Heritage Foundation, alegou que “nos dois últimos anos do governo de Joe Biden, o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS) superestimou em 1,5 milhão a criação de empregos”.

De acordo com esse erro significativo, Trump justificou sua decisão de indicar um novo líder para a agência federal, afirmou o especialista, que também é seu assessor de longa data.

“Não creio que tenha sido um equívoco. Creio que foi proposital”, afirmou o presidente. “São dados impressionantes. Estamos progredindo bastante”, declarou.

Com base nos cálculos de Moore, “nos primeiros cinco meses do governo Trump, a renda familiar média ajustada pela inflação subiu 1.174 dólares”.

O Escritório de Estatísticas Trabalhistas revisa periodicamente os dados de emprego, ajustando para cima ou para baixo após a divulgação inicial.

A revisão mais recente, em agosto, diminuiu em 258 mil o número de empregos nos dois meses anteriores.

Essa alteração provocou a ira de Trump, que prontamente demitiu a diretora da agência, acusando-a de manipular os números de emprego antes das eleições para beneficiar a candidata democrata à vice-presidência, Kamala Harris.

No seu primeiro mandato, Trump considerou nomear Moore presidente do Federal Reserve, o banco central dos EUA, mas recuou diante de críticas em relação às qualificações dele e comentários considerados sexistas.