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Trump pede para generais monitorarem ‘inimigo interno’ nos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou sua liderança militar nesta terça-feira (30) a ficar atenta ao que chamou de “inimigo interno”. Ele prometeu revitalizar o espírito militar das Forças Armadas do país em um discurso forte e direto.

Trump destacou a importância da mobilização da Guarda Nacional em várias cidades americanas, classificando isso como parte de uma guerra interna. A reunião aconteceu em Quantico, Virgínia, com generais e almirantes reunidos.

Pete Hegseth, o secretário de Guerra segundo a nova designação do governo Trump, explicou as recentes diretrizes que irão reger a maior força militar mundial.

Hegseth ressaltou que as Forças Armadas dos Estados Unidos devem retornar aos valores tradicionais, distanciando-se de iniciativas como a diversificação do recrutamento e treinamentos focados em temas sociais e ambientais.

Durante a gestão do presidente anterior, Joe Biden, o Pentágono chegou a nomear uma almirante transgênero, Rachel Levine, para liderar o principal setor de saúde das forças armadas, o que agora está sendo cancelado por ordem do atual governo.

O secretário declarou que essa fase de ‘ideologia desnecessária’ chegou ao fim, propondo o fim de um período que consideram decadente.

Durante a apresentação das novas regras, a sala estava silenciosa, enquanto Trump fez um discurso com posicionamento político firme. Ele criticou cidades governadas por democratas, como San Francisco, Chicago, Nova York e Los Angeles, classificando-as como perigosas e prometendo restaurar a ordem.

Até o momento, a Guarda Nacional já foi acionada em locais como Los Angeles, Washington e Portland, principalmente após episódios de distúrbios.

Trump sugeriu que algumas dessas cidades perigosas possam servir como locais de treinamento para o exército, ideia que não foi bem recebida pelos governadores e prefeitos locais, que frequentemente se recusam a cooperar. O emprego de tropas armadas e em uniformes de combate, prática incomum nos Estados Unidos, está sendo contestado judicialmente.

O presidente declarou que pretende fortalecer as forças armadas para que elas se tornem mais robustas, ágeis e eficientes.

As novas diretrizes incluem aumento do rigor no treinamento físico, proibição de barbas e cabelos longos, redução de reuniões administrativas e fim das reclamações anônimas.

Essa nova postura visa estabelecer padrões de recrutamento baseados na capacidade física, especialmente focando na resistência masculina, sem impedir a participação feminina, que segundo o secretário, será mantida e valorizada, desde que os padrões de força física sejam rigorosamente aplicados.

Pete Hegseth enfatizou que as mulheres oficiais são as melhores do mundo, mas que os requisitos para combate físico devem ser nivelados e elevados para garantir eficiência.

Ao repensar o antigo Departamento de Defesa, agora chamado Departamento de Guerra, a administração Trump iniciou uma série de mudanças, incluindo operações contra ameaças nas regiões do Caribe e medidas contra instalações nucleares e grupos rebeldes apoiados por outros países.

Além disso, houve cortes significativos no alto escalão do Exército, com aproximadamente 20% dos generais e almirantes de quatro estrelas sendo retirados de suas posições.

Desde a volta de Trump ao poder, vários oficiais de alta patente foram pressionados a deixar seus cargos, incluindo o comandante do Estado-Maior, Charles Brown, removido sem justificativas claras, assim como líderes da Marinha, Guarda Costeira, Força Aérea e advogados militares.

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