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Trump perguntou sobre prisão de Lula e elogiou sua superação
O presidente Donald Trump chegou preparado para a reunião com Lula, segundo relatos de pessoas próximas ao líder brasileiro. Durante o encontro realizado neste domingo, ele fez diversas perguntas, incluindo quantos anos Lula passou preso, demonstrando interesse na trajetória do ex-sindicalista que enfrentou perseguição política.
Conforme afirmou o chanceler Mauro Vieira, que estava presente, Trump expressou admiração pela recuperação de Lula, que saiu da prisão para ganhar as eleições novamente e assumir sua terceira presidência.
Antes da reunião, a delegação brasileira estava apreensiva diante da personalidade imprevisível do presidente dos EUA, visto que as histórias e formações de ambos os líderes são bastante distintas: enquanto Lula tem origem na luta sindical, Trump é conhecido por sua trajetória como empresário imobiliário.
Apesar das diferenças, a reunião transcorreu melhor do que o esperado, com Trump mostrando respeito por Lula e interesse em buscar entendimentos. O ex-presidente brasileiro teve mais participação, enquanto Trump escutava atentamente, sem fazer contrapontos.
A conversa iniciou com Lula apresentando dados econômicos para tentar convencer Trump a suspender a sobretaxa de 50% que os EUA impuseram às exportações brasileiras, destacando o superávit comercial de US$ 410 bilhões dos Estados Unidos perante o Brasil nos últimos 15 anos.
Lula também apresentou um documento em inglês ao presidente norte-americano contendo essas e outras informações, na expectativa de que o imposto seja temporariamente retirado enquanto as negociações acontecem.
Sobre a política interna brasileira, Lula ressaltou que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro foi fundamentado na Constituição e contou com provas substanciais.
A imposição de sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, foi motivada pela percepção de Trump de que o julgamento de Bolsonaro foi injusto. Mesmo assim, conforme Mauro Vieira, o líder americano foi cordial e ouviu atentamente todas as colocações.

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