Trump pode conversar com Lula após tarifa, mas não agora

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta sexta-feira (11) que poderá dialogar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, depois da imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. “Em algum momento poderei falar com o Lula, mas não no momento”, respondeu ao ser questionado por jornalistas em frente à Casa Branca.

Trump também comentou sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que “Bolsonaro era muito rígido nas negociações” e que “a forma como o Brasil o trata é bastante injusta”. O republicano referiu-se ao processo em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente, relacionado a uma tentativa de golpe. A Corte brasileira foi alvo de críticas na carta em que Trump anunciou a tarifa de 50% contra o Brasil.

Sobre as tensões com o Canadá, Trump afirmou que as tarifas de 35% aplicadas ao país vizinho, anunciadas na quinta-feira à noite, foram “aceitas de maneira razoável”. Ele mencionou ter recebido uma ligação do Canadá após a divulgação da carta, sem dar detalhes, e sugeriu que a possibilidade de exceções às tarifas ainda está sendo avaliada: “Veremos”.

A outros países que aguardam decisões sobre medidas comerciais, Trump pediu que “continuem se esforçando” para alcançar um acordo com os Estados Unidos.

Comentários sobre política monetária

Na área econômica, o republicano voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. “Ele está fazendo um trabalho muito ruim. As taxas de juros deveriam estar três pontos percentuais mais baixas”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de demitir Powell, foi categórico: “Não pretendo fazer isso.”