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Trump processa Nova York por defender imigrantes

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (24) que entrou com uma ação judicial contra a cidade de Nova York, o prefeito Eric Adams e outros funcionários por causa das políticas conhecidas como “cidade-santuário”, que limitam a cooperação com agentes federais de imigração.
Nova York é conhecida como uma das “cidades-santuário”, onde a polícia pode se recusar a colaborar com agentes de imigração federal a menos que estes possuam um mandado judicial, além de restringir o compartilhamento de informações sobre imigrantes sem documentação que estejam sujeitos à deportação.
Estas medidas representam um desafio aos objetivos do presidente Donald Trump.
Trump, que retornou ao cargo em janeiro, prometeu combater o que considera uma “entrada ilegal” de imigrantes no país. Seu governo busca deportar um número recorde de pessoas e classifica como criminosos aqueles que entram sem visto.
O Departamento de Justiça já moveu processos contra outras cidades com políticas similares, como Chicago e Los Angeles, além dos estados do Colorado e Illinois.
No processo contra Nova York, que conta com uma grande comunidade de imigrantes, o governo federal argumenta que tais políticas dificultam a execução das leis migratórias.
“A cidade de Nova York libertou milhares de criminosos que cometeram crimes violentos contra cidadãos cumpridores da lei devido às suas políticas de cidade-santuário”, declarou a procuradora-geral Pam Bondi em uma nota oficial.
“Se a cidade não protege a segurança de seus moradores, nós o faremos”, acrescentou.
A ação foi protocolada no tribunal federal do Distrito Leste de Nova York.
Autoridades de estados, municípios e condados que adotam políticas santuário argumentam que as ações federais para reprimir a imigração têm efeitos negativos, pois enfraquecem a confiança nas autoridades, fazendo com que imigrantes sem documentação evitem denunciar crimes.
Também apontam riscos para a saúde pública, já que o medo de represálias impede muitos de buscar serviços médicos.
De acordo com informações oficiais, em 2022 existiam aproximadamente 11 milhões de pessoas vivendo nos Estados Unidos com status migratório irregular ou temporário.

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