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Trump quer incluir Ucrânia em diálogos e não teme Putin

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira (14) que não será intimidado pelo líder do Kremlin, Vladimir Putin, durante a cúpula marcada para sexta-feira no Alasca, e garantiu que envolverá a Ucrânia nas futuras negociações de paz.

Putin viajará ao Alasca na sexta-feira, numa visita inédita a um país ocidental desde que ordenou a invasão da Ucrânia em 2022, evento que desencadeou um conflito que já causou muitas mortes.

“Sou o presidente, e ele não vai me intimidar”, afirmou Trump a repórteres na Casa Branca. “Vou perceber nos primeiros minutos se o encontro será produtivo ou não”, acrescentou.

“Se não for uma boa reunião, ela acabará rapidamente; se for, poderemos alcançar a paz num futuro próximo”, garantiu o republicano, que avalia que a chance de fracasso do encontro é de “25%”.

Autoridades de Kiev e aliados europeus temem que Trump e Putin tentem redesenhar as fronteiras da Ucrânia sem consultar o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Trump mencionou que a próxima reunião será crucial para se chegar a um acordo, destacando que o termo “dividir” pode ser inadequado, porém serão discutidas “fronteiras e territórios”.

Putin elogiou os esforços americanos para encerrar o conflito e solucionar a crise, esperando resultados positivos da cúpula, conforme disse à AFP Zori Opanasevich, ucraniana residente em Anchorage.

Garantias de segurança

O secretariado americano, por meio de Marco Rubio, enfatiza a importância de discutir garantias de segurança para pôr fim à guerra, o maior conflito mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Zelensky não foi convidado para a reunião entre Putin e Trump, caracterizada pelo Kremlin como um encontro direto entre os dois líderes.

Zelensky esteve em Londres em encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enquanto líderes europeus tentam influenciar Trump.

A conversa na base aérea de Elmendorf-Richardson será realizada com intérpretes, segundo o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov. O foco principal será a crise ucraniana e a cooperação bilateral.

O encontro deve começar às 19h30 GMT (16h30 no horário de Brasília), com uma coletiva de imprensa conjunta prevista para seguir a cúpula.

Pressão militar

No campo de batalha, as tropas de Kiev enfrentam avanço rápido do Exército russo na região de Donetsk, com o Kremlin afirmando a conquista de duas localidades recentemente.

Na noite de quarta-feira, drones ucranianos atingiram uma refinaria próxima à cidade russa de Volgogrado, ocasionando incêndio e ferindo três pessoas, conforme autoridades locais.

Ambos os lados mantêm posições firmes no conflito. A Rússia exige que a Ucrânia entregue quatro regiões parcialmente ocupadas, além da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie ao recebimento de armas ocidentais e ao ingresso na Otan.

Para Kiev, tais exigências são inaceitáveis.

Até agora, durante três rodadas de negociações, a única concordância foi sobre a troca de prisioneiros.

Na sexta-feira, a Rússia comunicou a troca de 84 prisioneiros ucranianos por igual número de russos.

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