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Trump sugere que americanos possam preferir um líder autoritário

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que os americanos talvez tenham interesse em um líder autoritário, após assinar decretos que aumentam a repressão federal em Washington e estabelecem punições para quem queimar a bandeira nacional.
Durante um evento de mais de uma hora no Salão Oval, Trump expressou insatisfação com a mídia e seus opositores, dizendo que eles não reconhecem seus esforços no combate ao crime e à imigração, apoiados pela Guarda Nacional.
“Eles dizem: ‘Não precisamos dele. Liberdade é importante. Ele é um ditador’. [Porém] muitas pessoas dizem: ‘Talvez prefiramos um líder autoritário'”, declarou Trump.
Em seguida, o presidente suavizou suas palavras: “Não apoio ditadores. Não sou um ditador. Sou alguém com grande bom senso e inteligência”.
Antes de iniciar seu segundo mandato, o empresário republicano já havia comentado que agiria como um líder autoritário desde o início.
Recentemente, Trump mobilizou a Guarda Nacional e assumiu o controle federal da polícia em Washington para enfrentar um que, segundo ele, seria um problema grave de segurança.
Ele também cogitou ações semelhantes em Chicago e Baltimore, cidades com forte presença democrática.
Em junho, enviou a Guarda Nacional para Los Angeles, mesmo contra a vontade do prefeito local e do governador da Califórnia.
O presidente criticou duramente J.B. Pritzker, governador de Illinois e opositor ferrenho, que rejeitou veementemente o envio de tropas para Chicago.
No mesmo dia, o presidente de 79 anos sancionou uma ordem que aumenta as penalidades para o ato de queimar a bandeira dos Estados Unidos, contrariando uma decisão de 1989 da Suprema Corte que protege essa ação pelo direito à liberdade de expressão.
“Se alguém queimar uma bandeira, será punido com um ano de prisão, sem possibilidade de redução da pena”, afirmou Trump.
Além disso, ele encarregou o secretário de Defesa, Pete Hegseth, de criar uma unidade na Guarda Nacional dedicada à manutenção da ordem em Washington e eliminou o sistema de fiança em dinheiro.
Integrantes do partido Democrata acusam o presidente de ultrapassar os limites constitucionais ao adotar medidas severas contra autoridades federais, desfazer políticas progressistas e mobilizar tropas na capital do país.

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