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Trump visita Ásia para negociar com China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia nesta sexta-feira (23) uma viagem pela Ásia, com destaque para uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
Esta é a primeira vez que Trump visita a região após sua reeleição. A viagem começa no domingo pela manhã (horário local), com sua chegada à Malásia para participar da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
O presidente americano vai firmar um acordo comercial com a Malásia e presenciar a assinatura do tratado de paz entre Tailândia e Camboja, conflito que contou com mediação de sua parte.
Em Kuala Lumpur, Trump deve se encontrar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conforme fontes oficiais. O encontro ocorre em meio a tensões diplomáticas, especialmente relacionadas à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de críticas dos EUA.
Os Estados Unidos atualmente aplicam tarifas de até 50% sobre produtos do Brasil, e Lula pediu a revogação dessas taxas punitivas.
Depois, Trump seguirá para Tóquio, onde encontrará a nova primeira-ministra conservadora, Sanae Takaichi. O Japão ficou relativamente fora do impacto das tarifas americanas, mas o presidente dos EUA quer que o país deixe de comprar energia da Rússia e aumente os investimentos em defesa.
O evento principal da viagem será a chegada de Trump à Coreia do Sul, no dia 29, onde ele terá uma reunião com Xi Jinping. Este será o primeiro encontro entre os líderes das maiores potências globais desde o retorno de Trump ao poder.
Trump afirmou que espera alcançar um acordo abrangente com Xi e confia que o líder chinês possa influenciar positivamente o presidente russo, Vladimir Putin, para encerrar a guerra na Ucrânia.
Especialistas alertam que não se espere grandes avanços, considerando que o encontro servirá mais para avaliar a situação do que para mudanças decisivas, conforme análise de Ryan Hass, do Instituto Brookings.
A situação da Coreia do Norte também estará em pauta, especialmente após o lançamento recente de vários mísseis balísticos pelo país. Autoridades sul-coreanas interromperam visitas em partes da Zona Desmilitarizada, aumentando especulações sobre um possível encontro entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Trump expressou desejo de se reunir novamente com Kim, com quem teve várias reuniões durante seu primeiro mandato, embora a Casa Branca não tenha confirmado oficialmente esse diálogo até o momento.

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