Mundo
Turquia acusa Netanyahu de usar genocídio armênio para desviar atenção de Gaza

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia acusou o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de buscar encobrir os eventos trágicos em Gaza ao reconhecer o “genocídio armênio”, uma alegação que a Turquia rejeita veementemente.
O ministério declarou que “a afirmação de Netanyahu sobre os acontecimentos de 1915 é uma tentativa de manipular tragédias históricas por motivos políticos” em resposta às declarações em que Netanyahu qualificou o massacre de armênios no Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial como “genocídio”, termo fortemente contestado pela Turquia.
Em entrevista ao programa conservador PBD Podcast, Netanyahu foi questionado sobre por que ainda não havia reconhecido oficialmente o massacre armênio como genocídio, e respondeu: “Eu acabei de fazer isso”.
O Ministério das Relações Exteriores turco afirmou ainda que Netanyahu, que enfrenta acusações relativas ao genocídio contra o povo palestino, tenta disfarçar os crimes cometidos por ele e seu governo.
Críticos têm acusado Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza em meio ao conflito na região palestina, e a África do Sul encaminhou um caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI) acusando Israel desse crime.
Israel descarta tais acusações como “mentiras evidentes” e, apesar de Netanyahu não estar formalmente acusado de genocídio, o TPI emitiu mandados de prisão contra ele e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a utilização da fome como estratégia bélica.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login